terça-feira, 14 de maio de 2013

CORI GONZAGA CANTADO E ENCANTADO


O coração chora muito ainda de susto, saudade, tristeza e dor.
A perda de Cori, sua repentina partida, nas palavras de Afonso Teixeira, na expressão chocada, pesarosa e dolorosa de todos os presentes, não faziam o menor sentido! Não tinham a menor explicação, nenhum motivo previsto!
Quem iria imaginar uma notícia dessas ao nascer do dia de hoje, ou, como eu, quase ao meio dia, em e-mail de Arthur Júnior, o Arthurzinho?!
Então foi uma despedida, na verdade, aquele último encontro e gostosa conversa na Praça Dr. Chaves, o abraço apertado de sempre, os beijos molhados do amigo tão especial e querido, quando, finalmente, conseguíamos nos afastar um do outro, ainda assim jogando olhares longos e já saudosos para trás?!
Vi o seu rosto sereno mil vezes, o sorriso suave lhe fechando os lábios, inacreditavelmente para sempre, e nem assim queria ou conseguia conceber o que acontecera como fato irreversível!
Por que não era só um pesadelo passageiro ou por que você não ressuscitava e acabava logo com aquele sofrimento imenso, como lhe rogou uma irmã?!
Por que não podíamos voltar a discutir o poema que estava musicando com a alma autenticamente catrumana, fincada nas raízes do passado, ponto a ponto, canto a canto, nota a nota, palavra a palavra? "O que melhor rimaria com massa, Quel, enquanto povo, que seja mais `acessível`, mais popular?!" Mais simples, claro, e porque mais simples mais sábio!
Gravações caseiras e artesanais, nem pensar! O projeto de CD perfeito - com todos os apoios e patrocínios que seguramente teria - ficou somente na espera de todos nós, e no sonho sempre adiado do gênio da música que, como todos os gênios, nunca estão plenamente satisfeitos com o que fazem, dada a mania eterna de perfeição, e porque já vivem num plano muito acima deste em que vivemos, real e insensível demais, inseguro e incerto ao extremo, de ritmo não raramente falho, prático além da conta e mais que imperfeito tantas vezes! É preciso um certo desligamento para sobreviver! É preciso aperfeiçoar ao máximo e melhor possível, aprimorar sem preguiça, cansaço, dias e noites seguidos; rearranjar os arranjos mil vezes, chegar à condição de perfeição sem nenhum ou menor erro ou defeito, de que natureza seja! Que outro jeito haveria para artista da dimensão de um Cori concretizar o tantas vezes imaginado, planejado, programado, formatado CD?!
Foi bondade pura, puro aconchego, amor, amizade, afeição, gratidão, generosidade, ternura! Toda a ternura do mundo e mais um pouco! Nas palavras de Walter Godoy, foi bom para com todos, mas não tanto quanto deveria e merecia para com você mesmo, meu querido amigo-irmão do coração!
Tantos amigos da música e outras áreas ali tocando e cantando Cori, Boavista - de trem prá Montes Claros - e, para finalizar, "Amigo é coisa pra se guardar...". Que homenagem bonita, emocionante e tão infinitamente merecida!! E quanto aplauso, quantas palavras, palmas e palmas, e até aquela repentina expressão de alegria em meio a tanta e tão concreta, completa dor?!
Olha, Cori, eu o via e revia ali, tão lindo, tão límpido, tão puro, em tudo branco e, afinal, entendi o essencial: você não tinha virado anjo, às 4 horas da manhã de hoje, você fora sempre um anjo nos seus tão poucos, meninos 5.2 anos de vida, com cara de trinta, quarenta, se tanto!!
Quantas mensagens lindas nas coroas de flores! Na faixa da Secretaria de Cultura de Montes Claros se lia: "Cori, você semeou, de forma única e universal, o seu grande talento musical pela cidade e sertão afora!... Saudades eternas!..."
Viu quantos amigos e amigas plantou e colheu, amplamente e plenamente, na vida e na arte? Incontáveis! O Sertão que tão bem musicou estava lá, puro e profundo, o saudando, junto a  verdes e veredas! A parceria lembrada com Marcelo Godoy, Jukita Queiroz, com tantos companheiros de melodia e travessia!...
Mas por que, amigo, não me avisou muito tempo antes? Por que não me preparou para aquele adeus tão triste, tão precoce, tão inesperado e sofrido?!
Só Deus, que é Mais, é Pai, para dar força, fé, consolo e conforto aos seus e a todos nós, à cidade e ao sertão inteiros, que o amávamos e admirávamos tanto!
Montes Claros e o sertão norte-mineiro - com parada obrigatória em Januária! - ficam ressequidos e ressentidos, sem inspiração, até mesmo sem respiração; as flores perdem as cores, as faces ficam sem o mel do seu humano e fraternal amor por tudo e por todos!...
Queria que tivesse sido só mais uma brincadeira sua, que tudo passasse logo e aquela cena sem ensaio, inesperada, desaparecesse como que por milagre, encanto, quem sabe!
Mas aconteceu e acontece um milagre, sim, meu querido Cori: você vive e viverá eternamente, para todo o sempre e melhores sentimentos no coração de toda a gente montes-clarense, e o sertão vai renascer amanhã, vai ver, exatamente às quatro, com todas as cores e profusa diversidade natural e cultural, nos devolvendo, quem sabe, um pouco da necessária esperança e felicidade, para seguir em frente, ainda que sem você por perto ou morando, tempo(s) afastado, no coração de cada um que o amava muito!
A esperança de que está bem, muito bem, cercado de anjos tão anjos quanto você, e a felicidade de termos feito parte de sua vida tão rica de valores que ficam! Valores tão belos quanto inesquecíveis! Valores contidos em momentos e canções que lhe ditaram o coração e a emoção sempre à flor da pele e da profundamente inspirada e inspiradora paixão musical!...

Com toda a admiração e o carinho eterno,

Da amiga e "Madrinha Cultural" Raquel Mendonça.
14.05.2013

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Quanta Honra!...


Não imaginam quão feliz nos sentimos, - profundamente honrada, tranquila a consciência - quando verdadeiros agentes do mal se referem a nós de forma injusta e desdenhosa! Se o contrário fosse, começaria a desconfiar de mim mesma! Pessoas reconhecidamente más e de mau caráter falando "mal" de nós?! Que bom, meu Deus! Pior se nos ofendessem seriamente, dizendo gostar de nós ou nos elogiar!! O que poderiam pensar?! No mínimo que fazemos parte da mesma "gangue", formada por pessoas do pior nível cultural e qualidade moral, sem o menor escrúpulo e movidas apenas a vantagens financeiras, sempre à cata de dinheiro ou bens que lhes não pertencem!

E o Senhor sempre põe os seus Anjos nos horários, momentos e lugares certos, a nos defenderem firmemente de inimigos ou desafetos - porque não cometemos os erros que eles consideram o "certo"!! -, não permitindo que "zombem ou escarneçam" de nós, cobrindo-nos com o seu manto ou sangue protetor, libertador e cheio de infinita misericórdia!...

A grande escritora e historiadora Ruth Tupinambá Graça, a querida Cora Coralina montes-clarense, autora de um dos livros mais lidos e pesquisados na cidade, "Montes Claros era assim!...", com muito orgulho parte de nossa família paterna, nos diz sempre, do alto de sua sabedoria, que "a inveja é o pior mal da humanidade! Completamente incurável!" e está coberta de razão! A inveja, a calúnia e a maledicência são os eternos besouros dourados da humanidade, os deuses pagãos dessa gente ciumenta, malsã e insana, o tempo inteiro, pois nada mais fazem do que plantarem sementes do mal e confusões (nunca explicações, ponderações, soluções!) onde quer que estejam ou se encontrem, sem atinarem para a importância da verdade, da honestidade e do bem na vida - digna - de cada um!

Cansaram-se de nos tachar de "tola", por não entramos nos seus podres esquemas de "comissões ou enriquecimento ilícito", numa distorção sem fim de valores, em total desconsideração aos reais, essenciais e que realmente o valem! Mas ainda não se cansaram de, com ofensas, agressões e até mesmo ameaças de toda ordem, por saberem do que sabemos e que lhes poderia comprometer (como muita gente do bem mais sabe, aliás, munida de fartas provas testemunhais e documentais!!), como se, assim agindo, jogassem por terra a verdade dos fatos, falhas ou crimes por eles cometidos!

Teríamos perdido tempo demais fazendo denúncias, se fosse de nosso feitio, sem contarem os gastos e desgastes a elas associados, e pouco tempo nos teria sobrado para fazermos o que realmente nos importa, que é apoiar verdadeiramente a arte, a cultura e contribuir para a preservação da história da cidade!

Só temos a agradecer, penhoradamente, a esses grandes impostores ou impostoras de plantão, que pouco ou nada fizeram ou fazem por nada nem ninguém, passando longe - na verdade correndo! - da justiça e a correção!...

E meus grandes, incontáveis e verdadeiros amigos e amigas, por favor, que nos defendam bravamente, se algum calhorda ou canalha resolver falar bem de nós! Lembre a eles, por gentileza, que não nos faltem, a este ponto, com o devido respeito, já que gratidão é coisa somente para quem tem melhor caráter!!

Raquel Mendonça


POESIA: Raquel Mendonça, a Mulher e a Força de Ser


Doce e terna,
Forte e sábia
Sua voz é um oceano de repúdio e sensatez,
Que não se cala perante às injustiças!
Suas palavras vibram, incidem e elucidam no que desejamos falar!
Quando nos calamos, porque nos faltam coragem e posicionamento,
você é amor, firmeza, inteligência e humildade!
Tens o maior bem... a liberdade do saber! E é integral e única,
Em todos os seus valores!
O perfume dos campos te acompanham,
O canto dos pássaros te referenciam,
A aurora estima o seu viver!...
Mulher, vida, doçura, sabedoria.
Relíquia e presente que cantam e encantam a alma da gente,
Pois, com você, relembramos e aprendemos o grande
Valor da verdade e da dignidade!
Pedimos a Deus que a sua Fé e Justiça,
Tenham sempre a robustez de um gigante!
Felicidades, amada e sempre bendita RAQUEL!...

Lusivan Oliveira
Poetisa e Marchand

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