quarta-feira, 30 de outubro de 2019

DESTAQUE HISTÓRICO

- SOBRADO DA FAFIL -



Um dos prédios históricos mais notáveis de Montes Claros, tombado pelo município, o "Sobrado da Escola Normal - FAFIL", sede do Museu Regional do Norte de Minas - MRNM da Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES, situado na Rua Cel. Celestino, nº 75 - Corredor Cultural Padre Dudu - Centro Histórico, edificado em 1886, esteve por muitos anos em péssimo estado de conservação - um prédio em ruína -, conforme o descreveu em poema Anelito Oliveira, apresentando até mesmo risco de desabamento. Em 2001, foram realizadas algumas obras de intervenção emergenciais, interrompidas em 2002, ficando o Sobrado fechado e abandonado por longo tempo, contando com seguidas solicitações de sua manutenção e restauração por parte de membro(s) atuante(s) do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Montes Claros - COMPHAC. Em 2007, depois de ter corrido risco de demolição, para construção de prédio moderno em seu local, pois a maioria das autoridades da Universidade era contrária à sua preservação e devida recuperação, a Unimontes encaminhou projeto de restauração do belo e importante, imponente Sobrado para análise junto à Lei Federal Rouanet, para continuidade e término das obras, em sua maior parte, tendo sido aprovado, com captação de recursos junto à Oi Telemar e CEMIG. A empresa contratada foi a Construtora Restaurare Ltda., do engenheiro civil Renato Pinheiro Cury, de Belo Horizonte. Toda a estrutura de madeira foi avaliada e revisada; as cimalhas em madeira das fachadas frontal e lateral foram reconstituídas e restauradas; as alvenarias receberam reboco e pintura novos; o piso em tabuado foi completamente refeito. Foi instalado rodapé em toda a edificação e todos os cômodos receberam forro em madeira. O salão nobre teve o forro inteiramente restaurado. Todas as esquadrias passaram por revisão e foram instalados novos banheiros e um café no térreo do anexo. Após a completa restauração ou restauro do Sobrado da FAFIl, nele foi implantado o grande e belo Museu Regional do Norte de Minas - MRNM, que tem hoje à frente o nome do Professor José Roberto Lopes de Sales (Profº Beto), que já vem desenvolvendo no Museu um trabalho extraordinário, com reorganização de salas e espaços, visando a acessibilidade e segurança de visitantes e funcionários. Quem não conhece ainda o Museu Regional, fechado somente na segunda-feira, deve visitá-lo, de terça a sexta-feira, pois o seu rico e precioso acervo enche os olhos e a alma de quem o vê e aprecia!!

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

- Eventos -

Oficina de Danças Populares e
Apresentação de dança: Planta do pé.



 Local dos eventos: Museu Regional do Norte de Minas.
 Rua Coronel Celestino, 75 - Corredor Cultural Padre Dudu - 
 Centro Histórico de Montes Claros.



terça-feira, 22 de outubro de 2019

- Reflexão -

por Raquel Mendonça*

Importante lembrarmos sempre que o conhecimento adquirido, através de muito trabalho, pesquisa, estudo, leitura, escrita é um bem que ninguém nos pode tomar! Um bem permanente e para sempre. Portanto, que respeitemos a competência técnica daqueles que a têm em seus respectivos setores de atuação e jamais nos esqueçamos de uma verdade tão clara escondida no pensamento de um gênio do universo, muito difundido e conhecido: "O mundo não é dos espertos! É das pessoas honestas e verdadeiras. A esperteza, um dia, é descoberta e vira vergonha! A honestidade se transforma em exemplo para as gerações do futuro. Uma corrompe a vida, a outra enobrece a alma."

Para finalizar, a página 10 do livro "A Força da Oração", de Rosalino X. de Souza, pois sem a Fé, a Força, a Saúde e a Alegria de Deus, a cada santo dia, nada somos: "Senhor, ajudai-me a viver cada dia multiplicando sempre mais o amor, o ensinamento e a benevolência que Cristo pregou e divulgou mundo afora; renunciando às intrigas, injúrias, armações, confusões, desamor, maldades, inveja, perversidade e tudo mais que não deve fazer parte da minha caminhada terrena; acreditando sempre e sempre que com Vós, Deus onipotente, a vida torna-se mais colorida, tudo ganha mais sentido, os fardos e as cruzes são mais leves. Senhor, ajudai-me a crescer e vencer no bem, na caridade, na bondade e na gratidão, pois também quero, Deus de Amor, fazer parte sempre dos que desfrutam da Vossa paz, da Vossa luz e do Vosso amor."

terça-feira, 15 de outubro de 2019

- Reflexão -

Não me associo com homens falsos nem ando com hipócritas(...)
(...)Ganho entendimento por meio dos teus preceitos; por isso odeio
todo caminho de falsidade.
Salmos 26:04/119:104

- DESTAQUE CULTURAL -

Robert Lopes tocando no centro de Montes Claros, MG.     
                                                                                                     Foto: Acervo Pessoal

O jovem e já grande músico, compositor e cantor Robert Lopes, que faz sucesso nas ruas da cidade, angariando ajudas financeiras para o seu 1º CD, já gravado, de modo especial em frente ao tradicional "Café Galo", e que teve o seu nome selecionado para o Grupo Folclórico Banzé, descreve-se abaixo:

"Eu me chamo Robert Amintas da Silva Lopes, e minha relação com a música em si vem de muito cedo. Tive a honra de nascer em uma família humilde, mas de músicos espetaculares! Entre eles, dou o devido destaque à minha mãe, à minha avó e a seu falecido irmão, pois eles tiveram, diretamente e indiretamente, grande influência em minha caminhada como músico e como ser humano! Graças à convivência e influência deles, cresci com ótima influência musical, desde Milton Nascimento até a mais linda música clássica, e tudo isto influenciou diretamente na música que faço hoje em dia!...

Aos 09 anos de idade, aprendi a tocar um dos muitos instrumentos que hoje estariam ao meu lado. Esse instrumento foi o trompete, instrumento musical inicial de minha mãe também. Comecei a aprender música com meu tio, e, logo após, fui aprimorando estes estudos no Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandez. Aos 12 anos, minha relação com a cultura e a arte da minha cidade foi crescendo pois, nesse momento, eu estava entrando para a Banda de Música da Prefeitura de Montes Claros! Daí para a frente, não larguei mais o lado musical da minha cidade. Além de fazer parte deste grupo, acompanhava minha mãe na Orquestra Sinfônica de Montes Claros. Meu pai também teve grande influência sobre as minhas escolhas e atividade musical, pois me apresentou ao Canal Cultura, e, em contrapartida, tinha também o canal da cidade, a antiga TV Gerais, hoje nova TV Gazeta.

No meio de tanta influência boa, não teve jeito! Aos 17 anos, comecei a compor as minhas primeiras canções, e, no meio desta caminhada, conheci meu grande parceiro e irmão musical, Gabriel Durães, que, mais tarde, veio se juntar comigo ao novo projeto musical chamado "Expresso Cultural", que tem a finalidade de fortalecer a cultura regional nas ruas. No meio desta jornada, tive a oportunidade de gravar o meu primeiro CD, ao qual dei o nome de "Som do Céu". Graças a Deus, primeiramente, e ao "Expresso", juntamente com minha família, gravei este disco com 05 faixas ao todo.

Recentemente, eu e o Gabriel estamos com planos de gravar o primeiro Álbum da Expresso Cultural e estamos batalhando para isso dar certo, pois já são 08 meses tocando nas praças e pontos de ônibus e, para retribuir o carinho das pessoas, queremos gravar nosso primeiro trabalho como um grupo. Infelizmente, a renda que tiramos tocando nas ruas não é suficiente, mas continuamos na batalha. Recentemente, comecei a juntar livros, revistas e cadernos para reciclar e arrecadar um fundo, a fim de ajudar na produção deste disco.

Talvez para algumas pessoas isto seja muito para um garoto de apenas 17 anos, mas se tem uma coisa que venho aprendendo no meio desta caminhada é que você determina até onde seus sonhos vão chegar!...


PARABÉNS, ROBERT!... 
MUITO SUCESSO PARA VOCÊ E SEUS PARCEIROS  MUSICAIS!!

- EXPOSIÇÃO DE ARTE DE CLEITON CRUZ -

BELA EXPOSIÇÃO DE ARTE NO 
MUSEU REGIONAL DO NORTE DE MINAS


O artista plástico montes-clarense, Cleiton Cruz, que cresce a cada dia, aprimorando extraordinariamente o seu trabalho artístico, está com Exposição Individual ou Mostra de Pintura de sucesso em espaço do Museu Regional do Norte de Minas da UNIMONTES, o MRNM, localizado na Rua Cel. Celestino, nº 75 - Corredor Cultural Padre Dudu - Centro Histórico de Montes Claros.

A Exposição "Cores e Faces do Sertão Mineiro" aborda as raízes da tradição do congado (o mesmo catopê de Montes Claros), cenas da literatura que representam o sertão e o cotidiano da cidade, sob a influência dos festejos, das folias e do universo sertanejo. Reunindo telas com diferentes abordagens, que tratam de africanidade, personagens de Guimarães Rosa, Cangaço e Festas de Agosto, Cleiton Cruz vem se afirmando como grande artista plástico!



A parceria com o Museu Regional do Norte de Minas - MRNM é uma feliz continuação de exposições de arte ali realizadas em anos anteriores. Como segunda parada e opção, a elogiada exposição consiste em espaço agradável, positivo e construtivo para contato com o público apreciador da arte regional.

O artista, nesta Mostra, reúne diferentes visões que enaltecem as imagens cativantes da cultura montes-clarense e regional, lembrando o grande sertão!...

SOBRE CLEITON CRUZ:

Natural de Montes Claros, Cleiton Cruz cursou Licenciatura em História na UNIMONTES. Trabalha na Guarda Municipal de Montes Claros e dedica o seu tempo também às artes plásticas, em meio a muitas telas, tintas e pincéis...

Iniciou a exposição de seus trabalhos nas artes plásticas, já com sucesso e começando a colecionar elogios, na primeira exposição "Encontro", realizada em 2015, pela Loja Artesanato Solidário Flor do Pequi, na Praça Dr. Chaves.

Convive no mundo das artes e tradições montes-clarenses enquanto aluno do Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandez e do Ateliê de Artes Márcia Prates, sendo ainda Contra-Mestre da 1ª Marujada de Montes Claros. Retratar as nossas tradicionais, populares e excepcionais Festas de Agosto é presença constante e marcante em sua obra, como Marujo de devoção que é!!

Além de pintor, Cleiton Cruz atua também como ilustrador, sendo o seu trabalho mais recente a ilustração do livro, em fase final para publicação, "Gente, cadê Luiz?". O caminho da arte é bonito, mas não fácil. Que ele persista, embora todas as dificuldades e pedras na estrada a superar!... 

PARABÉNS, CLEITON!... MUITAS PALMAS E SUCESSOS PARA VOCÊ!!!

terça-feira, 1 de outubro de 2019

- Artigo -

O tempo não para
 por Wagner Gomes*

Corre pela internet uma polêmica manifestação atribuída a uma psicóloga que, ao assistir ao filme sobre a vida de Cazuza, sente-se indignada com o movimento, por ela identificado, que atribui aos nossos jovens um errôneo culto a esse artista. Afirma, então, tentando destruir a tal mitificação, que ele era um marginal, um bandido mimado pela mãe, que satisfazia todas suas vontades e loucuras, um traficante, e por aí vai. Manifestava sua enorme preocupação, por ter sua filha assistido ao filme, e nos relata o trabalho que teve para convencê-la de que Cazuza não merecia ser reverenciado por ninguém. Usar drogas, participar de bacanais e beber até cair, não eram exemplos de vida a serem seguidos, tal como atribui ao filme a transmissão desses conceitos. Deixo de revelar o nome da psicóloga, por não ter certeza da autoria do texto a ela atribuído. No entanto, quem fez essa manifestação, não entendeu nada do filme e confundiu o papel do artista. O filme só foi feito porque Cazuza era um poeta inspirado, um homem de seu tempo, ao qual se debruça, como mostram suas letras. Ademais, a AIDS, ao atingi-lo, tocou num pânico social, que revelava o medo de cada um de nós de ser contagiado também. A forma como ele reagiu, a dignidade com que se portou, e as músicas que produziu, são a demonstração prática do belo ser humano que ele foi. Quem produziu tal texto, coitado, mesmo se atribuindo mestrado em psicologia, parece conceder ao artista o papel de educador, coisa que é papel dele, não do Cazuza, que apenas despertou a juventude para refletir sobre o mundo em que vivemos, para que não ficasse tão careta quanto certos pais. Creio mesmo que o seu sofrimento despertou uma maior consciência, estimulando o jovem a começar a usar preservativos e a descobrir os perigos ocultos na droga e na orgia, a partir de seu infeliz exemplo de como não se portar. Se a opinião dessa pessoa prevalecesse, imaginem o que seria de vários grandes artistas, como Beethoven, Tchaikowisky, Picasso e tantos outros - geniais, depravados, devassos às vezes – e, também, muito problemáticos. Seriam banidos e execrados! E hoje estaríamos impedidos de contemplar a monumental obra que deixaram. Qualquer um deles, certamente, não é modelo de vida pessoal a ser imitada.  No entanto, pessoas como essa psicóloga têm seus valores. Isso é incontestável. Vejam como julgam com facilidade, cheios de verdade. Moralizam o mundo com suas mal-formadas crenças. Nem conseguem ver o valor da arte atingindo milhões de pessoas pelo mundo. Ficam apegadas a detalhes imaginários e acabam indo contra quem teve o mérito de provocar a polêmica. Fico pensando que, no fundo, quem escreveu esse texto deve ter uma puta insegurança pessoal, um medo enorme de que a vida rejeite o cabresto e se rebele, saia do controle. Só que ela ainda não percebeu que a vida não é cabresteável, nem disciplinada e muito menos obediente. E a própria vida disse não ao Cazuza. Não seria esse, por incrível que pareça, também, parte de seu legado?


*Artigo produzido em 2009 e publicado em um dos primeiros números da Revista Viver Brasil. 

- Destaque Poético -


O grande poeta André Luiz Pereira Pinho quando homenageado
 em BH pela Academia Mineira de Letra

Nas palavras do poeta André Luiz, do Museu Regional do Norte de Minas, situado no Corredor Cultural Padre Dudu, no Centro Histórico de Montes Claros, "o poema é uma criação simples de um jovem negro periférico, em um dia de indignação com o mundo no qual vivemos".

O poema foi premiado entre os 15 finalistas do estado de MG no ano de 2017, pelo 5º Prêmio SESI de Literatura, Festival organizado pela FIEMG, em parceria com a Academia Mineira de Letras - AML e, como resultado, publicado no livro "Prosas e Versos" da Editora SESI, também no ano de 2017.

Palmas para André!!!...


Filhos do Gueto 
por André Luiz Pereira Pinho*

Sou filho do gueto, da dor e do medo
Do sofrimento do branco e principalmente do preto
Sou do povo que sofre com o cruel descarrego
Dos cassetetes nas costas e dos socos no peito.

Sou filho do gueto, e nasci na pobreza
Na rua de terra e sem muito à mesa
Sou das ruas sem lei, onde se tem uma certeza
Que a bala de troco é na sua cabeça.

Somos filhos do gueto da opressão social
Da corrupção, da ganância, do preconceito brutal
E de tantas e tantas outras formas de se proliferar o mal

Somos filhos do gueto, todos nós, brancos, pardos e pretos
E que todo sofrimento não pode ser descrito, nem no maior soneto

Somos o penar de um povo, o preço de um sistema, enfim, filhos do gueto.


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