sexta-feira, 30 de novembro de 2018

FORMATURA

ENGENHARIA CIVIL:

SÁVIO SILVA E SOUZA -


O inteligente e querido jovem Sávio Silva e Souza, filho de Veralúcia (Verinha) da Silva Borém e Souza e de Paulo Divino Rodrigues de Souza, está vivendo um momento de conquista e vitória, formando-se em Engenharia Civil pelas Faculdades Integradas Pitágoras - FIPMoc.

Ontem, 29 de novembro de 2018, às 19h30, houve bela Missa na Paróquia Nossa Senhora Rosa Mística. Hoje, também às 19h30, haverá Sessão de Homenagens no Espaço OAB de Eventos e, amanhã, o Baile de Formatura.

Desejamos a Sávio o sonhado e merecido sucesso profissional e que o futuro lhe reserve muitas alegrias e realizações!!

Parabéns, Sávio!

Você merece!...

- Crônica -

O INEXPLICADO
por Aristônio Canela*

 Quando ainda sob a luz de estrelas preguiçosas, o velho Mané Germano rompeu o orvalho nas folhas do valente brachiária amarelecido pela violência da seca do sertão norte mineiro para encontrar “Passo preto e Canáro”, bois de há muito na mesma canga, não estava preparado para viver tamanha decepção ao ver o último poço do São Lamberto agonizando em sua pequena propriedade. Jogou o chapéu para traz, cuspiu de lado, deu um longo suspiro e perguntou aos Santos o que fazer.

Padre Mariano, na missa do domingo passado, também se arvorou na mesma pergunta pedindo a todos mais orações e confianças reforçando a fé, analgésico único para dor tamanha, sem deixar de expor as chagas da irresponsabilidade de tantos na exploração corrosiva dos recursos naturais.

O rio tem sua nascente principal num olho d’água forte na comunidade de Palmital e faz suas deságuas no Jequitái, após curso curvoso, aconchegados na nossa região, pelo Santa Maria, Siriema, Riacho Fundo, Gamileiras, Traíras, todos amigos importantes para sua manutenção. Apesar dessa solidariedade, o punho impune do homem agride a natureza em Serra Velha, na manutenção de areeiras com cheiro de morte, esganando o curso d’água além da eliminação pecaminosa da mata ciliar, verdadeiro suicídio, para utilização absolutamente inadequada do solo.

A revolta da alma sertaneja chega nesses momentos a níveis escaldantes e, somente por temor a Deus, não se toma posições contundentes, vivenciando  a esperança inquebrantável do povo ribeirinho. Então, seu Mané Germano, chorando baixinho, deu de beber aos animais e, acocorado às margens das últimas gotas d’água, fugiu do mundo buscando o universo no seu “Pai Nosso” e somente retornou ao perceber o chamado do céu, no espocar de trovões, acompanhados de pingos intermitentes, grossos, cheios de alegrias, exímios lavadores dos pecados da humanidade.

Não demorou muito e o curso d’água cantava entre gargalhadas alucinadas de expectativas, uma música eivada de pura gratidão, na mágica do verde esperançoso, belíssimo, bailarino ao sabor dos ventos de boas vindas e a vida espalhou-se novamente pelas vazantes do São Lamberto. Nesses momentos, nossa tendência é nos atermos aos agradecimentos, olvidando as dores de feridas em processos de cicatrizações, o que de fato, é consolo, mas um erro. É preciso ser humilde sim, mas jamais esquecer as leis, guardiãs de sobrevivência.

Depois das primeiras chuvas, o Vale Lambertense renasceu em dias e noites repletas de certezas inundando corações de atitudes num devaneio entre homens terra e animais. O jeito alegre de ser espocava em cada canto, num mosaico de pura beleza e foi um dos motivos que levou o capitão Fabrício Mazarito Di Filiolli, de família Italiana, radicada há tempos no Sul de Minas, cultivando café, a comprar as terras de Ovídio Leão, confidente e amigo do Velho Mané Germano, já passado dos setenta, agora decidido a ir morar na cidade, sem a sua aprovação por ter, como dizia ele, “seu “imbigo interrado dessas banda”. Nada adiantou e a fazenda “Vinhático”, com seus oitenta alqueires de terra boa, muita benfeitoria e toda empastada, teve dono novo.

O capitão Di Filiolli, homem de fino trato, estatura mediana, cabelos lisos e a loirados penteados para o lado, olhos azuis de óculos branco com aros dourados, barba fechada e ruiva, sempre bem feita, sorriso meigo, gestos calmos e fala doce, era um apaixonado por Giuseppe Veerdi. Aos domingos, rotineiramente, inundava seus domínios com o som de Aida, La Traviata, Rigoletto, Óperas favoritas, difundidas por uma potente radiola “Philco”, novinha em folha, municiada por grandes baterias “Rayovak” para felicidade de seus ouvidos e sensibilidade de alma, mesmo sem ter ainda o privilégio da luz elétrica.

Sua esposa, Dona Honorinda Perpétua de Farias e Filiolli, de tipo físico aparentemente frágil e delicado avizinhava-se de um “bibelô” de porcelana chinesa nos mínimos detalhes de “boniteza”, criada certamente por mãos de artista inspirado, também se embriagava com a música do compositor romântico italiano. Nem por isso, deixava de mostrar sua liderança na administração da casa e educação da única filha, Giovanna Eduarda, na flor de seus dezoito anos, exímia nas artes dos bordados e pintura, mãos de deusa nos temperos, de fala fácil no português correto e leitora contumaz dos clássicos de Machado, Guimarães, Lima Barreto, Eça, Graciliano, José Lins do Rego, Aluísio de Azevedo, Joaquim Manoel de Macedo, José de Alencar, Bernardo Guimarães, além de ter convicções filosóficas voltadas para vida de Epicuro e seus ensinamentos, claramente uma intelectual cada vez mais sofisticada, morando nas barrancas do São Lamberto.

Tantos predicados alem do físico, atraíram olhares e desejos dos mais variados, incluindo aqueles do Doutor Ganimedes Santos de Carvalho, ilustre Jurisconsulto de Montes Claros, excêntrico e muito rico, famoso por suas contendas jurídicas e solteirice inveterada, cobiçado pelas moçoilas da sociedade, resistindo até agora, alvejado porem nos seus quarenta, bem no centro do coração  por aqueles dulcíssimos olhos claros, quando em ocasiões de algumas visitas resolvia questões advocatícias da fazenda Vinhático.

O motivo da parada da rural Willis verde e branca, com tração nas quatro rodas, último lançamento, na porta da casa grande, desta vez não tinha ligação com leis e códigos. Vinha oficialmente pedir ao capitão Di Filiolli, o direito de fazer a corte a sua filha, muito respeitosamente. O pedido foi aceito com orgulho dos pais e deixou o doutor advogado explodido em alegrias, acertando suas visitas para o último final de semana de cada mês.

O amor, de aljava repleta de setas em sua plena liberdade, não tinha medidas e acertou também o coração do jovem Antônio Henrique de Sá Villela, filho e único herdeiro de Bernardino Villela, homem de muitas posses da região, criador apurado da raça Nelore e, de laços estreitos com a família Di Filiolli.

À menina Giovanna Eduarda cabia a entrega de seu coração, fato respeitado pelos pais, apesar da torcida, discretamente, favorecer ao doutor Ganimedes.

Os dias foram passando e a decisão da pretendida cada vez mais ia amadurecendo, embalando seus sonhos na compra de itens para o enxoval, tudo muito bem demonstrado pelo simpático mascate Calisto Salviano de Jesus, o “Calistim Cheiroso”, moço de fala fácil, grande conhecedor da moda, sempre atualizado, cheirando a uma lavanda leve, de sorriso brejeiro, danado de bom fazedor de versos acompanhado de seu violão plangente mas, de beleza duvidosa, com seus nariz adunco, barba e bigodinho ralos, corpo franzino, óculos de tartaruga, cabelo ruivo parecendo um tantão de molinhas de relógios presos na cabeça achatada, sorriso frouxo de lábios finos e boca pequena, deixando salientar o canino lateral direito com uma obturação  de ouro. Tudo isso lhe fazia uma figura singular e querida, impulsionada por sua eterna alegria, montado em Rompe-Mundo, um burro ruão de viageiro fácil, seguido de Sereia e Safira, duas mulas de carga levando em suas “bruacas” as surpresas das novidades para os suspiros dos fregueses.

Pela terceira vez fazia a viagem atendendo aos pedidos de Giovanna Eduarda, hospedando-se na fazenda, tornando-se membro da rotina.

Na manhãzinha de domingo de céu “embruscado” para o gáudio de todos, o capitão e esposa, esperaram à mesa do café pela filha Giovanna e diante da demora,  dona Honorina resolveu verificar.

Ao retornar, descendo as escadas do segundo andar, trazia nas mãos um bilhete e no rosto uma palidez de morte. Em silêncio, o capitão leu sua própria sentença de lamúrias, destacadas na letra bonita da filha:

“PAPAI E MAMÃE, NÃO SEI SE POSSO PEDIR PERDÃO; MESMO ASSIM, PERDOEM-ME. O AMOR TEM RAZÕES ESTRANHAS SÓ ENTENDIDAS PELOS AMANTES.”

Nesse momento, Calistim Cheiroso e ela já iam há muito, dobrando a curva do além, na vivência de uma imensa paixão.

Membro da Academia Montes-Clarense de Letras*

terça-feira, 6 de novembro de 2018

VENDA

Livros:

Barsa
Coletânea - Ano 1997 - 14 volumes. 
Livro do ano; Datapédia Volumes 1 e 2;
Videopédia e Vídeos complementares



Jorge Amado
Coletânea Literária - 14 volumes


         
- Livros Usados
               
Duas coleções de 14 volumes cada
               
- Em bom estado de conservação
               
- Amarelados pela ação do tempo
               
- Valor a combinar


* Interessados falar com Vera Borém
   Contato: (38)999587136 - 
                   Montes Claros,MG.



|Todas as divulgações e anúncios da Arte e Fatos são gratuitos|
               A protected path for us.♥

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

- Crônica -

A ECHARPE
por Aristônio Canela*


Ao acaso, uma rainha chinesa descobriu a seda quando tomava chá em baixo de uma amoreira no jardim de seu palácio e um casulo caiu dentro       da xícara soltando seu fio. Depois, a Imperatriz Hsi Ling Shi, inventou o tear para produzir o tecido e todos esses segredos foram guardados pelos chineses por eternidades, retidos nas mãos e mentes de escolhidos. Somente privilegiados podiam conviver com tamanho poder, dada sua importância no comércio mundial e a indústria do país tirava proveito disso com intensidade e absoluta soberania.

A seda é uma fibra de origem animal, resistente, afeita a tingimentos, disponível para estampas de rara beleza e produzida na fase de encasulamento, quando a lagarta completa seu ciclo de transformação em mariposa.

A obtenção de ovos selecionados, criação adequada e o cultivo da amoreira cujas folhas, alimentação imprescindível para as lagartas, são pilares fundamentais na obtenção de um bom produto.

No Brasil as atividades industriais iniciaram-se no século XIX durante o reinado de Pedro I com a “IMPERIAL COMPANHIA SEROPÉDICA FLUMINENSE” e hoje, os bichos da seda são criados por pequenos e médios agricultores em galpões e os casulos entregues às indústrias para beneficiamento fortalecendo a produção principalmente no estado do Paraná.

Nada disso, porém, comporia a história, tão preciosa em detalhes, não fossem Zhao Ming e Yun Shui, dois monges primários, irmãos, pertencentes ao mosteiro de Palcho, edificado na cidade  de Gyantse, com sua estupa Kunbun, edifício em forma de torre cônica,  centro da escola Sakya do budismo tibetano.

Os jovens em formação foram prometidos pela família de camponeses ao templo, contra suas vontades, mas, obedientes, assumiram os desejos do pai, até mesmo para diminuir bocas na alimentação.

A vida de preces, estudos do budismo e meditações, não conseguiram, entretanto, apaziguar suas almas sequiosas de aventuras, quanto mais sabidos ficavam.

A regra de ouro do Mosteiro era a absoluta abstinência sexual, importante via de canalização energética para compreensão dos ensinamentos do senhor Buda.

Naquela tarde, os dois, dentro da mais pura humildade, foram designados para buscarem, na pequena feira do largo à frente do edifício principal, frutas e verduras, doadas por abnegados e fiéis feirantes, todos praticantes dos ensinamentos do “Iluminado”.

Quis o destino, com seu viés galhofeiro, deixar bem às vistas Hui Ying e Ling Su, jovens de peles leitosas e tenras, olhos expressivos, sorrisos discretos e corações palpitando na mais pura ousadia juvenil; Filhas de Wauf Xenpin, homem honrado da comunidade, agricultor por natureza, trazendo na expressão severa um grande mistério, o que não impediu a formação imediata de uma imensa onda elétrica amorosa entre os quatro corações endoidecidos. Esse sentimento avassalador rompeu barreiras e ninguém viu as figuras se esgueirarem-se nas sombras da noite, numa vazão de intenso banquete carnal, dias após dias, desafiando todas as possíveis margens de segurança e pondo em risco integridades físicas. Além disso, despertou-se a cobiça sentimento tão mundano, quando os dois rapazes descobriram o grande segredo do velho comerciante; era o verdadeiro guardião “de ovos do bicho da seda.”

O Mosteiro, em poucos movimentos da sua polícia, identificou todos os passos da doce e irresponsável juventude e os dois jovens viram-se num átimo, condenados sumariamente à morte pelo grave crime de “fornicação”, pondo-se à disposição do carrasco na masmorra da cidade.

Mais uma vez o destino se fez presente e numa madrugada a porta do calabouço foi aberta por suas amadas vestidas de guardas depois de deixarem os verdadeiros, adormecidos por um chá poderoso.

Sem tempo a perder, além da liberdade, as moças presentearam-lhes, dentro de uma sacola de couro, ovos do bicho da seda, uns verdadeiros passaportes para outra vida fora do Tibet e em contrapartida, certificaram-se das sementes implantadas em seus úteros.

O instinto de sobrevivência falou alto e os monges, após enfrentarem a fúria da natureza e dos sabujos do Mosteiro, chegaram a Waithuam-Guilim, pequena cidade agrícola perto de Guangzhou, onde estropiados, esconderam para se recuperarem, deixando o tempo escoar na sua sabedoria.

Duas semanas depois, discretamente, sempre caminhando à noite foram até o Porto de Malan e conseguiram embarcar no “TREVO DE OLIVEIROS”, navio mercante português, com destino a Lisboa.

Assim foi, portanto, que no início da era cristã, dois monges levaram para a Europa o segredo desvendado do “fio da seda”, iniciando a industrialização, depois de identificadas as melhores espécies.

A fazenda “Porto Rico” de propriedade do Coronel Cleonício Bragamontes da Fonseca, homem de caráter irretocável, duro em suas decisões, católico fervoroso, arauto dos ditames da tradicionalíssima família Mineira, rico, de pele morena, cabelos curtos e bastos bigodes negros, muito bem aparados semanalmente na barbearia Matrioska, por Hermano Papa Defunto, forte feito cerne de aroeira, acabado de chegar aos cinqüenta, bonitão, grande representante da macheza e virilidade humana, casado há vinte e cinco anos com Dona Rosileiva Maria de Argantes, de descendência sulina, alva feito leite, cabelos acobreados, de trato refinado, ligada às lides do lar, sempre discreta e cordata, respeitadora das vontades do marido, teve por um bom tempo, dificuldades para adaptação no Norte de Minas, com o clima principalmente, mãe de dois filhos e uma filha, estudantes em Montes Claros, propondo-lhe assim, mais tempo para cuidar do Coronel, seu grande amor, não se vendo outro casal mais estável e de comportamento tão seguro e exemplar quanto aquele.

É bem verdade, em crescentes comentários no salão de Lilico Mimoso, à pés de ouvidos, sobre o visgo corrosivo da rotina na tristeza de olhares da dama, caindo lentamente num suposto distanciamento, fortemente combatido por Padre Mariano, em suas predigas, num púlpito absolutamente adepto, mesmo a preço alto, da permanente união de um casal, não correspondendo a opinião cáustica do famoso cabeleireiro, defensor da total liberdade de escolhas, sem barreira ou preconceitos.

Especialmente naqueles meses, via-se Lilico num comportamento diferente, de euforias extravagantes, sempre acompanhado de sua “echarpe” de seda pura chinesa, achegada ao pescoço como se fosse um troféu conquistado depois de peleja intensa, justificada  pelo cheiro de um amor imenso vivido sobre os auspícios de verdades secretíssimas.

A situação claramente afetava Leidinha Gaga, que jamais escondeu sua dedicação sentimental ao Mimoso, jurada para eternidade, nesse clima de marcha e contra marchas das vias tortas do tempo.

No próximo final de semana seria realizada a festa maior do ano do povoado com um baile de gala, no requintado salão paroquial e apresentação da famosa atriz e cantora Leila Britto no belíssimo show “Feitiço do Tempo”, criado a caráter por seu escritor favorito.

A região efervescia nos mínimos detalhes dos preparativos, nas decorações, ensaios, repetindo e repetindo mínimos detalhes para o brilho inundar as noites e invejar o sol dos dias.

Na sexta, cavalgada com mais duzentos participantes, churrasco na praça e muito forró à noite com Tavinho dos teclados. No sábado pela manhã e tarde, barraquinhas, comidas típicas e corrida de argolinhas com três televisões de prêmio para os primeiros colocados; à noite o pomposo baile e no domingo a santa missa com Padre Mariano e o senhor bispo de Montes Claros.

A presença do Coronel Cleonício e a esposa na festança vinha sendo ameaçada por uma virose com tosses e espirros altamente incomodantes, amparados por seus lenços de linho e bravamente combatidos pelos chás milagrosos de Sá Olegária, na esperança de melhoras.

Seu terno mais bonito passou a noite de sexta nas mãos de dona Cota costureira para pequenos ajustes e, na madrugada, só as estrelas viram uma sombra deslizante tomá-lo por entre as mãos.

Lilico, depois de intenso movimento no salão, já quase saindo para o baile, não encontrou sua echarpe no guarda roupas e mesmo de bico grande, sentindo-se completamente nu, marcou presença numa mesa defronte ao coronel e família, ocupantes do lugar de honra.

 A música teceu uma teia de languidez quando a cantora interpretou “Magia”, sua preferida e os pares rodopiavam no salão, agarradinhos ao sabor das notas musicais, quando uma repentina crise de tosse seca sacudiu o coronel. Imediatamente buscou na algibeira do paletó seu lenço protetor e teve uma grande surpresa para si, esposa e olhos esbugalhados de Lilico Mimoso. De lá, saiu escorregando por entre seus dedos, num requinte de rebolamentos sensuais, a “echarpe” do cabeleireiro, com a seda viva envolvida em seu punho de puro macho, num abraço constritivo de sucuri e o tempo parou para ver o espanto e uma lágrima lenta desbravar a maquiagem de dona Rosileiva.  Altiva feito uma rainha, sem perder a compostura, olhando fixamente para Lilico, rasgou lentamente o tecido em ódio profundo nos pedaços miúdos e jogou tudo por debaixo da mesa. Depois, tomou o braço do marido e achegou-se a ele num “GRÃ FINALE”

Interessante! Somente no final deste texto percebo o quanto foi marcante a ausência de Leidinha Gaga no salão de festas.



Membro da Academia Montes-Clarense de Letras.*

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