quinta-feira, 28 de abril de 2016

Centro de Arte Popular - CEMIG inaugura a exposição

 ‘Marcos Garcia - O Acrobata das Cores’ 




“As obras daquele que não se locomove, mas sonha com o que rola no mundo, trazem um colorido intenso e traduzem a brasilidade popular em jogos circenses, cenas domésticas, ritos religiosos e amorosos”. Dessa maneira Priscila Freire, curadora da exposição “Marcos Garcia - O Acrobata das Cores”, descreve as telas que compõem a nova mostra do Centro de Arte Popular – Cemig, integrante do Circuito Liberdade, que será inaugurada em 28 de abril (quinta-feira), às 19 horas.

Uma seleção de 50 quadros inspirados em nomes como Carybé, Tarsila do Amaral e Aldemir Martins trazem ao espaço museológico, vinculado à Secretaria de Estado de Cultura, referências plásticas que nos colocam frente a um universo onírico que ganha materialidade pelas técnicas de lápis aquarelável e caneta esferográfica sobre cartão e papel.

A pintura geométrica e figurativa de Garcia é bastante autoral, segundo a colecionadora. “Marcos Garcia não é um primitivo, tampouco um artista espontâneo. Poderíamos reconhecer nele o oposto das novas tendências estéticas, porque encontra dentro de si um conteúdo rigidamente construído”, defende Freire.

A curadora acredita que desenhos eróticos aparecem nas telas de Garcia como um testemunho da própria trajetória da arte e da vida. “Não conheço nenhum artista que não tenha, em algum momento, se dedicado a esse tema. Picasso, Degas, Rodin, a humanidade se compraz nos jogos amorosos”, comenta.

O pintor de 66 anos tem uma crescente dificuldade de locomoção desde a sua infância. Aos seis anos, Marcos Garcia contraiu Artrite Reumatoide, uma doença crônica e degenerativa. Momentos pregressos a essa condição são traços indissociáveis de sua obra. “Meu trabalho tem como fonte de inspiração as lembranças do tempo em que eu podia vivenciar o dia a dia das pessoas”, conta Garcia.

Entusiasmado com a realização da mostra, o artista expressa sua expectativa. “Esta exposição me possibilitará rever velhos amigos e compartilhar minha arte em um espaço que valoriza o trabalho dos artistas populares de Minas Gerais. Tenho ainda mais orgulho por estar sob a curadoria de Priscila Freire, grande amiga e incentivadora”, comemora o pintor.

A mostra Marcos Garcia - O Acrobata das Cores tem entrada gratuita e ficará em exposição na Sala de Exposições Temporárias do Centro de Arte Popular - Cemig entre os dias 29 de abril e 29 de maio de 2016.

Sobre o artista

Marcos Garcia nasceu em Belo Horizonte, em 1950. Artista plástico, estudou na Escola Guignard. Obteve o 3º lugar no V SAP da Aeronáutica, (BH- 1989); Participou do Salão do Carnaval, no Palácio das Artes, (BH-1980); II Salão do Futebol, Palácio das Artes (1982); II Salão de Artes da Aeronáutica, (BH-1986); Salão Nacional de Montes Claros, MG, (1988) e da Bienal de Arte Naïfis do Brasil, Piracicaba, SP (1998). Esteve também nas seguintes coletivas: Retrospectiva dos Premiados no Salão da Aeronáutica, (1990); Utopias Contemporâneas, Palácio das Artes (BH-1992); PIC (BH-1993-94); Centro de Arte Primitiva (Brasília-1994); Centro Cultural Pró-Música, Juiz de Fora, MG (1995); Artistas Populares de Belo Horizonte, Centro Cultural UFMG (1996); Primitivos Mineiros, Galeria de Arte Sesiminas, BH (1997); Cinco Artistas - Projeto Gabinete de Arte, Gabinete do Prefeito, BH (1997); Segredo de Estado, Palácio das Artes e Biblioteca Pública, BH (1997).

Sobre a curadoria

Formada em Biblioteconomia, na UFMG (1951), Priscila Freire é fundadora, coordenadora, professora e diretora do Teatro Escola. Como atriz atuou em montagens inspiradas em Strindberg, Pirandello, Brecht. No cinema atuou em filmes de João Vargas, Santos Pereira, Paulo Augusto Gomes e Olívio Tavares de Araújo. É autora dos livros Conversa de Corpo (1983), A Viagem do João de Barro (1994) e Histórias de Guignard (2000).  Como gestora cultural foi superintendente de Museus do Estado de Minas Gerais (1983), presidente da Associação Amigas da Cultura (1981), coordenadora do Sistema Nacional de Museus (1987), diretora do Museu de Arte da Pampulha (1993 – 2001 a 2009), assessora do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico – IEPHA (1990), presidente da Associação de Amigos do Museu Casa Guignard de Ouro Preto (1999 – 2005) e integrante do Conselho do Centro de Arte Contemporânea Inhotim – CACI / Brumadinho.

Sobre o Centro de Arte Popular - Cemig

Espaço privilegiado de divulgação e apreciação do trabalho de artistas populares de todo o Estado de Minas Gerais, o acervo do museu conduz o visitante ao imaginário de diferentes artistas. Por meio de suas obras, somos conectados às origens, histórias e crenças de um povo que traz nas mãos um sincretismo cultural próprio.



*Matéria Original: Agência Minas Gerais

DESTAQUE DO DIA:

 DONA CIDA DAS BONECAS

                                            A querida Cida                   Foto: Derk Koolk


Na Casa do Artesão de Montes Claros, trabalha e brilha há longos anos uma figura mais que querida e admirada: Maria Aparecida Godinho Veloso, a super talentosa, doce e paciente "Dona Cida das Bonecas", que faz de forma mais que perfeita, primorosa, as suas belas "Bonecas de Pano, como a tradicional "Bonequinha Preta" e a incrível" e famosa "Três em Um", com as figuras do Chapeuzinho Vermelho, da Vovó e do Lobo Mau em uma só peça. Palmas, muitas palmas e carinhosos abraços, que ela merece!...


Telefone para contato e encomendas na Casa do Artesão (3229.3459), situada na Rua Andradita, n° 681, Bairro de Lourdes, que mantém aberta, das 8h00 às 17h00, grande e diversificada "Loja de Arte e Artesanato".

quarta-feira, 27 de abril de 2016

CARIDADE SEM ALARDE

Quando Jesus disse “não saiba a vossa mão esquerda o que dá a direita”, ele falava sim, sobre o silêncio que deve revestir o ato de amor que cada um de nós pode fazer em relação a quem precisa de nossa ajuda. Mas ele dizia isso para pessoas que, individualmente e por iniciativa própria, podem ajudar o próximo sem nada esperar em troca. Isso porque, já naquela época de Jesus, 2 mil anos atrás, havia a atuação dos hipócritas, que se vangloriavam de fazer a caridade à frente de todo mundo, mas o faziam apenas para se promoverem ou para tirar alguma vantagem do bem que estavam fazendo.
Você sabe, que a caridade verdadeira não espera nenhum tipo de recompensa, a não ser a satisfação de ajudar ou a satisfação consigo mesmo. Essa prática não busca reconhecimento e nem aplauso de ninguém. Isto, repetimos, é valido para a ação pessoal, individual, de cada um de nós, no dia-a-dia de sua vida, seja em relação à caridade material ( quando damos dinheiro ou coisas a pessoas), seja em relação à caridade moral, ou seja, a capacidade de darmos amor às pessoas – atenção, apoio, solidariedade, compreensão ( principalmente as da nossa convivência diária), sem alardear nosso comportamento.

Quanto às associações de filantropia, principalmente as entidades religiosas, que fazem o bem em nome de Jesus – aquelas que se voltam ao atendimento da população mais carente - é claro que elas precisam aparecer; caso contrário, não poderão prestar o seu serviço de âmbito social, pois o que fazem não depende apenas de uma ou duas pessoas, mas de uma coletividade inteira, a que deve recorrer constantemente, pedindo ajuda. Quando a entidade faz divulga o seu trabalho é, portanto, no sentido de buscar apoio e colaboração, até porque a comunidade só vai se dispor a ajudar, se reconhecer que há seriedade e compromisso com o bem social.

Neste caso, para seguir o princípio estabelecido por Jesus, deve-se se esforçar no sentido de que apenas a instituição apareça e mostre o seu serviço, mas não as pessoas que nela prestam serviço, justamente para se evitar que essas pessoas sejam estimuladas na sua vaidade. Deve-se, portanto, dentro das possibilidades, fazer um esforço nesse sentido, se bem que não é fácil esconder o trabalho daqueles que realmente se dedicam ao próximo em obras assistenciais, porque eles normalmente aparecem, mesmo que não queiram. Veja, por exemplo, o trabalho de vulto da Madre Tereza de Calcutá, que se espalhou por todos os continentes. Querendo ou não, Madre Tereza teve de aparecer e se mostrar ao mundo.

Mas o que importa de fato é que ninguém se vanglorie a si mesmo em estar atuando numa causa de beneficência, mas que cada um dos trabalhadores voluntários das entidades leve isso a conta de uma missão de que está incumbido. A par disso, o que podemos concluir? Que os trabalhadores de boa vontade, que se dedicam a obras assistenciais, não saiam por aí proclamando “eu fiz isso, eu fiz aquilo”, ostentando-se diante das pessoas, promovendo-se em virtude de seu trabalho ou querendo tirar proveito do que fizeram para obter vantagens pessoais. Neste caso – ou seja, mesmo quando essas pessoas queiram se promover, é claro que temos de reconhecer que elas fizeram um bem, mas, se vivem se elogiando por isso, com certeza já receberam sua recompensa.

Contudo, este é um problema muito pessoal e delicado, que devemos tratar com cuidado e ponderação. Não é à sociedade ou à ninguém que cada um de nós vai prestar contas pelo que faz consigo mesmo; mas, sim, à sua própria consciência, onde está a Lei de Deus. Por isso, que cada um de nós se cuide para fazer o melhor que possa em favor de sua própria paz interior. Isso é que é importante. Para a instituição de caridade o que vale, de imediato, é atender a quem precisa, mas para o trabalhador voluntário o que deveria valer - se é que ele quer seguir os princípios morais de Jesus - é a conquista espiritual que se dá no silêncio de seu coração.

*Texto do programa "Momento Espírita", apresentado pela UNIRÁDIO AM 1060 Khz, edição de 04/08/2013.


" Se puderes, ajuda os outros.
  Se não o puderes fazer, ao
  menos não lhes faça mal."
 - Dalai Lama -

sexta-feira, 15 de abril de 2016

COMPANHIA DE DANÇAS PARAFOLCLÓRICAS

SARUÊ




RAY COLARES - VIDA E OBRA

Ray Colares


Nome: Raymundo Felicíssimo Colares
Pai: Felicíssimo Ferreira Colares
Mãe: Joana Natalina Colares
Irmãos: Terezinha, Maria Aparecida, Geraldo, Maria do Rosário (Rosarinha), Jorge Eustáquio, Cassimiro, Dr. Fernando, João Ricardo
Naturalidade: Grão Mogol - MG
Nascimento: 25 de abril de 1944

Raymundo Colares, considerado um dos maiores nomes da arte moderna no Brasil nos anos 60,70 e meados dos anos 80, com sete anos (1951) passa a residir em Montes Claros, MG, onde faz o curso primário no Colégio Imaculada Conceição. Pensando ter vocação religiosa, frequenta o Seminário Diocesano Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças, entre 1955 e 1956. Vendo que essa não era a sua verdadeira vocação, deixa o seminário e passa a cursar o ginasial no Colégio Estadual Plínio Ribeiro, onde permanece até a metade do 3° ano científico.

Em seu tempo de estudante, em Montes Claros, trabalha na Papelaria Nice, onde tem oportunidade de conviver com cartões postais, papéis coloridos e com a própria Nice David, que trocou com ele a sua experiência e sensibilidade artística.

Na metade do 3° ano científico - 1964 -, ganha uma bolsa de estudos da Sudene, para estudar o restante do curso em Salvador, onde faria, depois, em universidade da mesma cidade, curso de Engenharia Civil. Assim, no final de julho de 1964, Raymundo Colares deixa Montes Claros, seguindo para aquela cidade, onde conclui o Científico no Colégio Estadual da Bahia. Foi em Salvador, convivendo com toda aquela beleza natural e histórica, que ele descobre a sua verdadeira vocação, conhece as obras de Klee e Mondrian e realiza as primeiras pinturas, numa série com o título de "Alagados". Entusiasmado com a arte, desiste de fazer o vestibular para engenharia. Em fevereiro de 1965, dispensa a bolsa de estudos e muda-se para o Rio de Janeiro, centro da cultura e da arte brasileira.

No Rio, para sobreviver, consegue emprego como desenhista de jóias na Joalheria H. Stern. Em julho do mesmo ano, volta para Montes Claros. Em janeiro de 1966, retorna ao Rio, fixando-se no bairro de Santa Tereza e ingressando na Escola Nacional de Belas Artes/Enba, onde cursa o primeiro ano. Abandona a Enba por entender que não era aquela a maneira de aprender Arte, preferindo fazer cursos livres ministrados por Ivan Serpa e continuar as suas pesquisas como autodidata. Em meados de 1966, junta-se aos jovens artistas da época, que faziam parte da vanguarda brasileira, dentre eles Roberto Magalhães, Antônio Dias, Wanda Pimentel, Antônio Manuel, Lígia Pape, Hélio Oiticica, Carlos Vergara e outros. Envia dois trabalhos para o Salão Nacional de Arte Moderna e não é aceito.

Em abril de 1967, faz sua primeira exibição pública, a convite de Antônio Dias, na mostra coletiva Nova Objetividade Brasileira, no Museu de Arte Moderna/MAM do Rio de Janeiro. Participa ainda da V Exposição de Arte Brasileira, ENBARJ e da Coletiva Galeria de Arte Contemporânea de Campina.

Em 1968, ganha os seguintes prêmios: Isenção de Júri, no Salão Nacional de Arte Moderna, MEC, Rio; 2° Prêmio de Pintura no Salão Esso do Artista Jovem (MAM/RJ); Medalha de Prata no Salão Paulista de Arte Moderna, Prêmio de Aquisição no Salão da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e Petite Galeria - RJ.

Começa a desenvolver os livros-objetos chamados Gibis, com papel recortado e manuseáveis. Com eles, conseguiria a participação do espectador, uma questão que o preocupava.

Em 1969, participa do Salão Nacional de Arte Moderna, RJ, onde apresenta os primeiros trabalhos tridimensionais pintados sobre alumínio, levando-os também para a seleção prévia da representação brasileira à Bienal dos Jovens de Paris (MAM/RJ) e para o Salão do Transporte do Ministério dos Transportes (MAM/RJ), onde obtém o 1° Prêmio de Pintura. Realiza exposição individual na Galeria Copacabana, RJ. Ganha novamente um Prêmio de Aquisição no Salão da Prefeitura de Belo Horizonte. Nesse mesmo ano, apresenta-se no Salão de Arte Contemporânea de Curitiba, PA, Salão da Bússola (MAM/RJ) e no Panorama da Arte Brasileira (MAM/SP). Faz sua primeira exposição individual na galeria do Copacabana Palace, RJ e começa a ministrar cursos de Artes no Atelier Livre do MAM/RJ, lecionando também desenho em um Colégio de Niterói.

Em 1970, recebe o Prêmio Viagem ao Exterior, do Salão Nacional de Arte Moderna, MEC, RJ, que lhe permite viver dois anos fora do país. Escolhe ficar seis meses em Nova York e um ano e meio na Itália.

Ainda em 1970, ganha o Prêmio Ibeu de Viagem aos EUA, doado pelo Ibeu e pela ITT, por três meses, pela melhor individual no Rio de Janeiro, a mostra "O Rosto e a Obra", que realiza na Galeria do Instituto, considerada a melhor individual no Rio de Janeiro, prêmio este que usufruiu em 1971, fevereiro, quando segue para Nova York, onde ficou por seis meses, e recebe convite para expor na Art Galery of Brazilian American Cultural Institute (Galeria do Centro Brasileiro Americano), de Washington, EUA. Também em 1970, participa do Resumo JB, (MAM/RJ).

Em 1971, participa da Latin American Fair of Opinion (Festival Latino Americano), com organização de Augusto Boal e cartaz de Hélio Oiticica, em Nova York.

Em 1972, participa da coletiva Protótipos & Múltiplos, na Petite Galerie, Rio de Janeiro. Instala-se em Nova York e lá desenvolve trabalhos na área do filme experimental, usando um canudo óptico composto por lâminas coloridas que, colocado diante da câmera, decompõe ou inverte as imagens, como um caleidoscópio.

Em 1972/73, instala-se na Itália, morando nas cidades de Trento e Milão.

Em 1973, retorna ao Brasil, em dezembro, volta a residir em Montes Claros - "não sei de fico no Rio ou se volto para Montes Claros", sua eterna dúvida... -, onde permanece até 1981, com Ray Colares pintando paisagens para sobreviver às dificuldades, que não eram poucas, quadros estes vendidos a amigos, com muitos deles até hoje os guardando. Participa da exposição coletiva Expoprojeção 73, em São Paulo, com filmes.

Na sua vontade de ser útil e servir a Montes Claros que tanto amava, aceita convite de Dona Marina Helena Lorenzo Fernandez para organizar um curso técnico de decoração, tendo lecionado no Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandez, no período de 28 de fevereiro de 1976 a 31 de janeiro de 1979, as seguintes disciplinas: Pintura em Tela, Composição Artística, Desenho I e II, História da Arte e Artesanato, deixando assinado em parede interna do prédio antigo do CELF belo painel, posteriormente coberto com tinta.

Em 1977, participa da exposição Arte Agora, organizada pelo Jornal do Brasil e Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), quando recebe um Prêmio de Aquisição.

Em 1978, participa da mostra Arte Brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand -, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, MG.

Em 1980, recebe um Prêmio de Aquisição no Salão Nacional de Arte de Montes Claros - Arteboi, idealizado pelo artista plástico Konstantin Christoff e realizado pela Secretaria Municipal de Cultura de Montes Claros.

Em 1981, retorna ao Rio de Janeiro, montando apartamento em Teresópolis. Suas obras são expostas na coletiva Do Moderno ao Contemporâneo - Coleção Gilberto Chateaubriand, (MAM/RJ). Collares inspirou-se nos seus extraordinários trabalhos artísticos em nomes como Mondrian - "ainda vou entender esse cara" - e Volpi, buscando uma nova leitura dos seus universos.

Em 1982, com a exposição Do Moderno ao Contemporâneo, viaja para a Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Em 1983, faz um projeto especial (escultura - caixa com poema) para a exposição A Contemporaneidade - Homenagem a Mário Pedrosa, (MAM/RJ) e duas galerias particulares do Rio - a Saramenha e a Paulo Klabin - unem-se para montar uma mostra-resumo de sua obra, com trabalhos antigos e atuais. Volta a dar aulas no Atelier do MAM/RJ.

Em 1984, a Arte Brasileira Contemporânea - Coleção Gilberto Chateaubriand, MASP, SP, viaja para o Barbican Center, de Londres e Retrato e Auto-retrato da Arte Brasileira, também baseada em obras da Coleção, incluídas peças do artista, é exibida no MASP/SP.

Em 1985, realiza exposições individuais na Galeria Paulo Klasbin, RJ e Galeria Saramenha, RJ. No mesmo ano, Colares é atropelado no Rio de Janeiro, vindo a falecer, no ano seguinte, em Montes Claros, no dia 28 de março, vítima de queimaduras por acidente em hospital onde se internara para tratamento de crise emocional e teve a cama incendiada por cigarro. A Galeria Brasil - EUA - IBEU, de 25 de junho a 15 de julho; a Galeria do Centro Empresarial Rio, de 07 a 31 de junho e a galeria do Banerj, em julho - Depoimento de uma Geração -, realizam, sucessivamente, três exposições - retrospectivas - em homenagem ao grande e genial artista!

Em 9 de dezembro de 1987, ele é selecionado com mais dezenove artistas brasileiros para mostra, em Paris, apresentando a arte brasileira no século. Assim, obras suas viajam junto com a exposição Modernidade: Arte Brasileira do Século XX, para o Musée d`Art Moderne de la Ville, de Paris.

Ainda em 1987, a RioArte - Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, com apoio da Funart, Prefeitura Municipal de Montes Claros (de modo especial), Prefeitura Municipal de Grão Mogol e Secretaria Estadual de Cultura de Minas Gerais, assim como empresas privadas montes-clarenses e fluminenses, produz, através do Studio Line Filmes, um vídeo extraordinário sobre sua obra, denominado Colares (o nome inicial era "Ray Colares a 300 kms por hora"), com direção, roteiro e trilha sonora de Sérgio Wladimir Bernardes; fotografia de Luis Carlos Saldanha; formato original U-Matic PAL M; duração de 20 minutos premiado na China, onde consta "Agradecimento Especial" a Raquel Mendonça.

No dia do primeiro aniversario de sua morte, um grupo de amigos e colegas de arte montes-clarenses criou a Fundação de Artes Ray Collares - FARC, cujo excepcional projeto foi assinado pelo arquiteto Andrey Cristoff, mas que não se concretizou da forma - monumental - prevista, em extenso terreno doado pelo Prefeito Mário Ribeiro da Silveira para esse fim.

Em 1988, Ray Collares teve o seu nome incluído entre os vinte melhores e mais importantes artistas plásticos contemporâneos do mundo, na coletiva "Modernidade", realizada em São Paulo.

Em 1991, o marchand e poeta Franco Terranova escreve o livro Lúcida lâmina, em homenagem a Raymundo Colares.

Em 1997, o Centro Cultural Light realiza a primeira grande exposição retrospectiva de sua obra, no Rio de Janeiro.

2009: Outro vídeo produzido em homenagem a Raymundo Colares, do sociólogo Geraldo Maurício, é o "Chamas, Ray Colares", destacando a técnica dos Cadernos de Recortes (Gibis), a pintura em movimento, que o artista desenvolveu, vídeo este premiado no I Festival de Brasília do Vídeo (2009).

Em 2010, no período de 18 de setembro a 19 de dezembro, Ray Colares ganha importante e prestigiada exposição retrospectiva no Museu da Arte Moderna (MAM/SP), aberta ao público durante todo o período da Bienal de São Paulo, com visitação acima do previsto, curadoria de Luiz Camillo Osório, do MAM-RJ, na Sala Paulo Figueiredo, com 56 obras emblemáticas da carreira do artista: 26 pinturas, 15 fotocópias/desenhos, um vidro sobre o artista, 14 gibis (em duas réplicas) e carrocerias de ônibus pintadas em alumínio. Também na exposição, a série de fotocópias com intervenções de punho do próprio artista mostra a faceta mais direta de sua verve pop, com alusões a Marcel Duchamp.

No período de 14 a 20 de junho de 2010, na Praça de Eventos do Montes Claros Shopping Center, é realizada a 3a. Mostra "Daqui por Diante", com instalações de artistas plásticos da cidade (sombrinhas...) e gravuras certificadas do artista, em homenagem a Raimundo Colares, através dos nomes de Felicidade Tupinambá, Viviane Marques e Caico Siufi.

Em 2011 (período de 23 de março a 15 de maio), nas comemorações dos 150 anos da Caixa Econômica Federal, é realizada a grande exposição retrospectiva "Raymundo Colares - poética pop", na CAIXA Cultural, Centro Cultural da CEF no Rio de Janeiro (curadoria Denise Mattar - realização ADUPLA=), reunindo 38 obras, entre óleos, serigrafias e livros-objetos (Gibis). No dia 28 foi a vez do Centro Cultural Hermes de Paula receber a exposição. (????) 

Ainda em 2011, no período de 28 de março a 04 de abril, o Centro Cultural Hermes de Paula/Secretaria Municipal de Cultura, com apoio da Associação dos Artistas Plásticos de Montes Claros (Felicidade Patrocínio), realiza-se, na Galeria de Artes Godofredo Guedes (que Ray considerava "o pai das artes plásticas de Montes Claros e o seu próprio pai nas artes") e Sala Cândido Canela (teatro-auditório), do Centro Cultural Hermes de Paula, a movimentada e criativa "Semana Ray Collares", com a exposição coletiva "Tempos Modernos" (idealizada pelo artista visual Adilson Cardoso e encerrada em 24 de abril), em sua homenagem, lembrando os 25 anos da morte do artista, apresentando obras, com destaque para os famosos Gibis, e serigrafias do artista, releituras de sua obra por diversos artistas plásticos, imagens/recortes da imprensa em toda sua trajetória, assim como poemas de sua autoria sendo declamados por poetas de Montes Claros e convidados, performances teatrais com o Grupo Riso na Veia, shows musicais (01 Rock para Ray, releitura de Montes Bares Claros, do cantor e compositor Wanderdaik Fernandes, além de atividades afins). O "Troféu Ray Collares" feito por Wladimir Moreira compôs o "Painel Ray Collares".

2014 - Em 25 de abril de 2014, dia do aniversário do artista, a artista plástica e escritora Felicidade Patrocínio lança o livro "Raymundo Colares e o Fogo Alterante da Criação", sobre a vida e obra do excepcional artista, na sua cidade natal, Grão Mogol, com o livro tendo sido patrocinado pela Secretaria de Cultura de Grão Mogol. Segundo a autora, "trata-se da contribuição do mesmo para a história das artes plásticas brasileiras. Raymundo Colares apresenta uma figuração única, original, bela e forte em um momento de transição da arte brasileira". A inspiração para escrever a obra, segundo Felicidade, veio de uma exposição de Ray Colares no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC). O livro reúne informações coletadas em vasto material, como catálogos de exposições e matérias de jornal, bem como comentários resultantes de entrevistas com a irmã dele, Terezinha Colares, e muitos de seus amigos em Montes Claros e no Rio de Janeiro.

2014 - Felicidade Patrocínio lança o livro "Raymundo Colares e o Fogo Alterante da Criação" em Montes Claros, na Galeria de Artes Godofredo Guedes do Centro Cultural Hermes de Paula, durante a solenidade de abertura das 175a. Festas de Agosto e 36° Festival Folclórico de Montes Claros, no dia 12 de agosto.

No período de 25 de abril a 22 de maio de 2014, a Secretaria Municipal de Cultura/Prefeitura de Montes Claros realiza, na Galeria de Artes Godofredo Guedes do Centro Cultural Hermes de Paula, grande Coletiva Comemorativa dos 70 anos de Nascimento de Ray Collares (1944-1986), em homenagem a um dos maiores nomes das artes plásticas de Montes Claros e do Brasil, no dia de seu aniversário, 25 de abril de 2014, com a participação dos artistas plásticos Afonso Teixeira, Biolla, Carlos Araújo, Carlos Muniz, Conceição Melo, Felicidade Patrocínio, Gemma Fonseca, Hélio Brantes, Igor Christoff, João Rodrigues, Lúcio Saraiva, Márcio Antunes, Márcio Leite, Márcia Prates, Sérgio Ferreira e Walmir Alexandre.


No período de 02/07/2015 a 03/08/2015, realiza-se, com brilho, também na Galeria de Artes Godofredo Guedes, a mostra "Quatro Geométricos Brasileiros", que reuniu os extraordinários nomes de Ray Collares, Dolino, Manfredo e Carlos Muniz.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

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