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Arte: Maria de Lourdes |
DESTAQUE: CATOPÊS/CONGADO OU CONGADA DE MONTES CLAROS -
MINAS
Dentro do rico folclore ou cultura popular montes-clarense,
as Festas de Agosto são a maior e mais importante manifestação cultural popular
e tradicional do município, de grande, na verdade excepcional participação
popular.
Os negros, quando escravizados, trouxeram consigo suas
crenças e tradições. Continuaram homenageando seus reis e cultuando seus
deuses. Um desses reis foi o famoso "Chico Rei", escravo na região de
Ouro Preto, mas que era príncipe em sua tribo africana. Aqui, os seus súditos e
companheiros de escravidão o fizeram rei e, de acordo com a tradição, comandava
as festas de culto a seus deuses. Chico Rei tornou-se célebre por ter, juntando
aos poucos ouro em pó que trazia das minas misturado aos cabelos, conseguido
comprar sua própria liberdade. Uma vez homem livre, conseguiu ainda a liberdade
de vários de seus companheiros de infortúnio. Na falta de um rei verdadeiro,
elegiam alguém, entre eles, para que os representasse e, assim, faziam o seu
cerimonial. Como aconteceu com a macumba, o candomblé, a umbanda, os negros
relacionaram seus deuses aos santos da Igreja Católica e passaram a cultuar
Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. O Divino Espírito Santo está associado
aos Marujos e Caboclada.
A mais antiga notícia sobre as Festas data de 1839, quando
"Marcelino Alves pediu licença para tirar esmolas para as festas de Nossa
Senhora do Rosário e do Divino Espírito Santo, que pretendia fazer nesta
freguesia". Quando se comemorou a coroação de Dom Pedro II, em 8 de
setembro de 1841, foram permitidos oficialmente vários divertimentos durante
três dias: Catopês (mesmo Congago/Congada de outros lugares, com belas
características regionais); Cavalhadas, Volantins e quaisquer outros
divertimentos que não ofendam a moral pública". (PAULA, Hermes de)
Embora da mesma origem dos Congados, Moçambiques, Zumbi e
outros similares de outras regiões, o nosso Catopê, talvez por ter ficado
isolado dos outros irmãos, com o tempo foram adquirindo características
próprias, a começar pelo próprio nome, Catopês, que seria o nome da dança ou do
ritmo, como o batuque.
Os Catopês são um grupo de homens (apenas de alguns anos
para cá algumas mulheres têm participado como “Catopeias”, com o Mestre Zé
Expedito tendo sido o primeiro chefe a aceitá-las em seu grupo), a que chamam
também terno, formado de adultos, jovens e crianças.
UNIFORME OU VESTIMENTA E ACESSÓRIOS
Quanto ao "uniforme", usam calça branca, a camisa
de manga comprida também branca. Na cabeça, atam um lenço, que não é mais
obrigatório, e sobre este assentam um belo capacete, espécie de cilindro oco de
papelão, nas dimensões da cabeça, aberto dos dois lados, enfeitado de qualquer
cor, menos preta, como azul, rosa, vermelho, verde e amarelo; bordado com
espelhos, aljôfares (pérolas muito miúdas) e miçangas, considerado, hoje, o
"símbolo" das Festas de Agosto de Montes Claros. Deste capacete, que
chega até quase ao chão, com cerca de um metro de comprimento, descem inúmeras
fitas coloridas em larguras variadas, com uma das pontas presas ao capacete e a
outra esvoaça ao sabor dos ventos de agosto! O capacete dos chefes, além desses
enfeites, traz no topo penas de pavão - penas de ema eram usadas no passado -,
que lhe dão uma distinção especial, embora, com a permissão de Mestre Zanza, os
demais membros dos grupos de catopês tenham, nos últimos anos, usado capacetes
semelhantes aos dos chefes. Como, geralmente, o capacete é feito pelo próprio
Catopê, a sua aparência final vai depender inteiramente do gosto e poder
aquisitivo de cada um para compra dos adornos, que, na imensa maioria, é baixo.
Mas o Catopê cuidadoso, a cada ano, vai acrescentando mais fitas, aljôfar,
penas, etc, o que torna o "Capacete do Catopê" uma obra de arte ou um
espetáculo à parte! Cada Catopê conduz um instrumento musical: tamborim, pandeiro
ou caixa, em geral fabricados por eles mesmos, usando couro de bode ou cabrito.
No passado, uma flauta dava poesia ao conjunto.
No início, aqui em Montes Claros, o terno era composto
apenas por negros, mas, hoje em dia, não existe mais essa exclusividade, ao
contrário do que acontece em outras cidades, como Minas Novas, por exemplo,
onde existem duas congregações, a dos Homens Negros e a dos Homens Brancos.
Todavia os componentes dos ternos de Catopês são, em sua maioria, pretos dóceis
e alegres, como no passado. Agrupam-se "em ternos"; cada um com mais
ou menos componentes, entre quarenta, cinquenta, setenta a oitenta pessoas
(antigamente ficavam em torno de vinte componentes), somente homens, até o ano
de 2012, nos Grupos de Catopês de Nossa Senhora do Rosário. Apresentam-se em
duas colunas, começando pelos mais altos e seguindo em ordem decrescente pela
altura até os menores. O chefe dança e comanda os cantos entre as duas colunas
e na frente há dois porta-bandeiras – ou mais - à paisana.
FESTAS DE AGOSTO: 176 ANOS DE EXISTÊNCIA E RESISTÊNCIA
As Festas de Agosto de Montes Claros contam com 176 (cento e
setenta e seis) anos de existência e resistência, a se completarem neste mês,
no período de 19 a 23 de agosto de 2015, em que os Catopês ou Dançantes,
Marujos ou Marujada, Caboclinhos ou Caboclada percorrem ruas centrais de Montes
Claros - trajeto: Rua Dom João Antônio Pimenta, Rua Camilo Prates, Praça
(central) Dr. Carlos e Rua Governador Valadares -, saindo da Praça Dr. João
Alves, em frente ao Automóvel Clube de Montes Claros, que oferece espaço
interno para apoio aos Festeiros, abrigando, até a saída, Reis e Rainhas,
Imperador e Imperatriz, príncipes e princesas, pais ou responsáveis..., até a
Praça Portugal, onde fica situada a Igreja ou Igrejinha do Rosário, a
"Igreja dos Catopês" -, seguindo seus Reis e Rainhas de Nossa Senhora
do Rosário e de São Benedito, bem como o Imperador e a Imperatriz do Divino
Espírito Santo, além de longo cortejo de príncipes e princesas, cantando,
dançando e louvando os seus santos de devoção!...
Nesses grupos estão representadas as três raças que
originaram o povo brasileiro. Os Catopês são de origem africana. Agrupam-se em
ternos, entre adultos e crianças. Apresentam-se em duas colunas, começando,
normalmente, pelos mais altos e seguindo em ordem decrescente pela altura até
os menores. O Chefe dança e comanda os cantos entre as duas colunas. À frente
há três porta-bandeiras nos Grupos chefiados pelo Mestre Zanza e João Faria, e
quatro à frente do Grupo de Catopês chefiado pelo Mestre Zé Expedito. Os
próprios Mestres, filhos ou familiares, membros dos grupos é que confeccionam
as bandeiras, em cetim, conforme a “cor” da Festa: Reinados de Nossa Senhora do
Rosário (na cor azul) e de São Benedito (na cor rosa) e o Império do Divino
Espírito Santo (na cor vermelha), que são enfeitados com flores feitas de
purpurina, recebendo acabamento em franjas; o estandarte é feito de madeira
(cedro). São usados ainda cetim, purpurina e fitas coloridas no arremate das
bandeiras. A vestimenta, chamada de “uniforme”, é composta de calça e camisa
(alguns ainda usam paletó) de cor branca. Na cabeça, atam um lenço e sobre este
assentam um capacete, espécie de cilindro oco de papelão nas dimensões da
cabeça, aberto dos dois lados e enfeitados com espelhos, aljôfar, miçangas e
fitas de várias cores, que medem mais ou menos um metro de comprimento. Uma das
pontas presa ao capacete e a outra esvoaça ao sabor dos ventos de agosto... O
“Capacete dos Catopês”, o símbolo das Festas de Agosto de Montes Claros, chama
sempre a atenção de quem o vê!... O Chefe usa capacete enfeitado de penas de
pavão, compradas a R$ 4,00 cada neste ano, com o Mestre Zé Expedito, por
exemplo, tendo adquirido 2.000 (duas mil) penas, para a confecção de quarenta e
cinco capacetes, contendo cerca de quarenta penas de pavão cada um, em 2013.
Usou-se pena de ema por muito tempo. O capacete dava uma distinção especial aos
chefes de Catopês, no passado, mas, há alguns anos, os Mestres passaram a
permitir aos demais componentes dos grupos o uso do capacete. Cada membro conduz
um instrumento musical - pandeiro, tamborim e caixa -, feitos pelos próprios
Catopês, de modo especial os Chefes e familiares, utilizando madeira (pinho),
couro de bode e fitas coloridas. Uma flauta de bambu dava, no passado, poesia
ao conjunto.
GRUPOS DE CATOPÊS, MARUJOS E CABOCLINHOS
São três os Grupos de Catopês ou Congado/a de Montes Claros:
1º Grupo de Catopês de Nossa Senhora do Rosário, com cerca de 70 a 80 (setenta
a oitenta) integrantes, da comunidade do Bairro Morrinho, chefiado pelo Mestre
Zanza (João Pimenta dos Santos), que completou 82 anos de idade no último dia
10 de maio de 2013, 78 deles de Catopê; 2º Grupo de Catopês de Nossa Senhora do
Rosário, chefiado pelo Mestre João Faria (João Batista Faria), também com 82
anos de idade, nascido em 15.06.1933, que conta com cerca de 60 (sessenta)
integrantes, entre jovens e adultos, das comunidades dos Bairros Vila Anália e
Camilo Prates, e o Grupo de Catopês de São Benedito, chefiado pelo Mestre Zé
Expedito (José Expedito Cardoso do Nascimento), com 72 anos de idade, nascido
em 27.01.1943, que conta com cerca de 50 (cinquenta) componentes das
comunidades dos Bairros Renascença, Clarice Athayde, Independência e Alterosa
II. De Marujos há dois Grupos: a 1ª Marujada, chefiada pelo Mestre Tim (Iderielton
Oliveira da Cruz), filho do grande e saudoso Mestre Nenzinho (José Calixto da
Cruz), que o antecedeu no cargo, da comunidade da Vila Ipiranga, e a 2ª
Marujada, chefiada pelo Mestre Tone Cachoeira (Antônio Ferreira), que a assumiu
após o falecimento do famoso Mestre Miguel Marujo, sendo Tone Cachoeira da região da Fazenda Mocambinho. A
Chefe do Grupo de Caboclinhos é Maria do Socorro Pereira Domingos, a Cacicona
Socorro (Maria do Socorro Pereira Domingos), da comunidade do Bairro Vilage do
Lago II, filha do saudoso chefe da Caboclada, Mestre Joaquim Pólo (Joaquim
Pereira da Silva), que conta com inspirado, marcante e esplendidamente
“cantante” (à semelhança do pai Poló...) apoio do irmão Dudu (Waldir Leal Pereira),
como 2º Chefe, na condução dos Caboclinhos.
PORTA-BANDEIRAS
O 1º Grupo de Catopês de Nossa Senhora do Rosário (Mestre
Zanza) e o 2ª Grupo de Catopés de Nossa Senhora do Rosário (Mestre João Farias)
contam com três porta-bandeiras; o Grupo de Catopês de São Benedito (Mestre Zé
Expedito) tem quatro porta-bandeiras; a 1ª Marujada (Mestre Tim) e a 2ª
Marujada (Mestre Tone Cachoeira) contam com quatro porta-bandeiras e a
Caboclada com cinco. No passado, se apresentavam à paisana, hoje com roupas em
cetim, conforme a cor da bandeira ou do santo homenageado.
A TRADIÇÃO DOS CATOPÊS OU DANÇANTES
Os Catopês ou Congado formam uma espécie de dinastia; vêm
tradicionalmente passando, nas mesmas famílias das comunidades de origem, de
pais a filhos e netos, que começam cedo a "brincar" nas belas Festas.
São, pois, conservadores, devotos de Nossa Senhora do Rosário, de São Benedito
e do Divino Espírito Santo. As Festas de Agosto fazem parte do catolicismo
popular da cidade. Os "ensaios" dos grupos, com vistas às Festas,
começam já no mês de maio; uma vez por semana, aos sábados à noite,
preferencialmente, saem pelas ruas em redor das comunidades com suas caixas e
pandeiros, à paisana, cantando as costumeiras cantigas, algumas novas, pelos
Chefes dos Grupos acrescentadas, outras de forma natural modificadas...
CATOPÊS OU DANÇANTES:
OS DONOS DAS FESTAS DE AGOSTO DE
MONTES CLAROS
Os Catopês ou Dançantes são considerados os
"Donos" das Festas de Agosto, pois têm por obrigação orientar em tudo
a organização das visitas, programação religiosa e festiva sob a
responsabilidade dos Mordomos (Donos das “Bandeiras”) e Festeiros
(Organizadores dos Reinados e Império), e acompanhar os mesmos - reminiscência
das festas de Chico Rei em Ouro Preto - que consta do seguinte: anualmente,
sorteiam-se famílias da comunidade - hoje as famílias dispostas a participar
das festas, na condição de Festeiras, é que se oferecem normalmente para tal
junto aos Mestres - entre aquelas que apresentam previamente interesse em
realizar o Reinado de Nossa Senhora do Rosário (que recebem nas vestes,
adereços e elementos decorativos a cor azul); de São Benedito (a cor rosa) ou o
Império do Divino Espírito Santo (a cor vermelha), objetivando o cumprimento de
promessas aos santos ou por amor às Festas, com os seus filhos ou netos
(crianças ou pré-adolescentes) saindo de Rei, Rainha, Imperador e Imperatriz,
ao fim de longo séquito ou acompanhamento formado por príncipes e princesas na
mesma faixa etária, filhos de familiares das Famílias Festeiras ou Festeiros de
Nossa Senhora do Rosário, de São Benedito e do Divino Espírito Santo, assim
como de amigos, convidados e quaisquer outros membros da comunidade que se
interessem em ver seus filhos ou netos, bisnetos compondo o cortejo de
príncipes e princesas das Festas de Agosto, bastando, para isso, que se
apresentem, junto ao(s) filho(s) ou neto(s) - e/ou familiares, amigos, muitas
vezes -, devidamente caracterizados, nos dias das Festas, sem a necessidade de
convite, inscrição ou pagamento de taxas, como pensam muitos, às 09h00 do dia
da Festa escolhida, em frente ao Automóvel Clube de Montes Claros, na Praça Dr.
João Alves, onde se iniciam as Festas, genuinamente populares. A Equipe de
Apoio da Coordenação de Eventos da Secretaria Municipal de Cultura/Prefeitura
de Montes Claros ajuda a organizar o cortejo ou séquito de príncipes e
princesas do Reinado ou Império, com as crianças menores sendo acompanhadas
pelos pais, de modo especial, pela mãe.
TRÊS GRUPOS DE CATOPÊS
1° Grupo de Catopês de Nossa Senhora
do Rosário, chefiado pelo Mestre Zanza (João Pimenta dos Santos)
2° Grupo de Catopês de Nossa Senhora do Rosário, chefiado pelo Mestre
João Farias (João Batista Farias)
3°Grupo de Catopês de São
Benedito, chefiado pelo Mestre Zé Expedito (José Expedito Cardoso do
Nascimento)
COORDENADOR DAS FESTAS DE AGOSTO DE MONTES CLAROS:
JOÃO
PIMENTA DOS SANTOS, O MESTRE ZANZA
MESTRE ZANZA: O grande Coordenador das Festas de Agosto de
Montes Claros é João Pimenta dos Santos (Mestre Zanza), que começou nas Festas
como "Catopê de Colo", aos quatro anos de idade e, aos dezesseis
anos, passou a chefiar o grupo (1° Grupo de Catopês de Nossa Senhora do
Rosário), recebido do pai, João Pacífico Pimenta Santos, que, por sua vez, o
recebeu de seu avô Pacífico Pimenta. Além de Coordenador das extraordinárias
Festas de Agosto de Montes Claros, Mestre Zanza é Presidente da Associação dos
Grupos de Catopês, Marujos e Caboclinhos de Montes Claros, criada com apoio
técnico dos promotores culturais Raquel Mendonça e João Batista de Almeida
Costa (Joba Costa), para maior organização e fortalecimento dos notáveis
grupos, cuja sede se situa na Rua Humaitá, nº 126, com Rua Santa Efigênia, no
Bairro Morrinho - Montes Claros/MG.
MESTRE JOÃO FARIAS: O Mestre João Farias assumiu o 2º Grupo
de Catopês de Nossa Senhora do Rosário em 1969; antes dele vieram o Mestre
"Seu" Francisco de Jura (Procurador - cargo desaparecido - Mestre
Martim Biscoiteiro) e o Mestre Sebastião Gama, Procurador Zé Aristides.
MESTRE ZÉ EXPEDITO: O Mestre Zé Expedito começou nas Festas
de Agosto aos oito anos, em 1952, tendo sido “Catopê de Fila” por trinta anos,
até assumir o Grupo de Catopês de São Benedito, em 1982. Antes dele, lembra os
Mestres Ezequias, Manoel de Custodinha (este famoso por seus feitos nas
Festas!), Mestre Orlando...
DOIS GRUPOS DE MARUJOS OU MARUJADA:
1ª. MARUJADA, chefiada
pelo Mestre Tim
2ª.
MARUJADA, chefiada pelo Mestre Tone Cachoeira
Os Marujos são de origem européia, que narram e exaltam os
feitos e as aventuras dos marinheiros portugueses ou descobridores, nas danças
e tradições portuguesas trazidas em alto mar por marinheiros ao Brasil, assim
como os princípios cristãos da religião católica. Compõem a Marujada, além dos
Marujos, um Patrão, um Contramestre, um Piloto e um Calafatinho, assim como os
guardas. Saem cantando e dançando; o Patrão, o Contramestre e o Piloto (que no
passado usava bastão) portando espada, em formação militar, constituindo duas
colunas, com pandeiros, violas, violões e cavaquinhos. A roupagem tradicional
não se assemelha em nada com marinheiros de verdade - são calças compridas com
babados de renda; uma blusa enfeitada de aljôfar e rendas; chapéu branco com
fita da mesma cor da roupa e aba “quebrada” na testa. Metade dos marujos se
veste de cetim azul e a outra metade de vermelho. Há diferenças de vestimentas
usadas pelo Patrão, Contramestre, Piloto e Calafatinho. A 1ª e a 2ª Marujadas
de Montes Claros contam com três porta-bandeiras. Entre os Marujos mais
populares e queridos desaparecidos, os mais lembrados são “Aníbal, o
Carroceiro”, o “Mestre Nenzinho” e o “Mestre Miguel Marujo”!...
1ª. MARUJADA:
Neste ano, o 1º Grupo de Marujos ou Marujada
de Montes Claros, comandado pelo Mestre Tim, que tomou para si a
responsabilidade da Marujada, em seu potencial e originalidade, completa 113
(cento e treze) anos dentro de uma mesma família. A “Marujada do Mestre
Nenzinho” foi fundada em 17 de setembro de 1902, por Francisco Taboca, junto a
um amigo gaúcho conhecido como Geraldo Tropeiro. Desde então, foi passando,
geração após geração, a membros da mesma família: Francisco Taboca, Tião
Taboca, Ramiro Taboca, Chico Testa, Nenzinho Taboca, até o Mestre Tim, bisneto
de Francisco Taboca, o fundador do terno.
2ª MARUJADA
A 2ª Marujada de Montes Claros era chefiada pelo grande e saudoso Mestre Miguel Marujo (sapateiro de profissão e Marujo de Devoção), que a conduzia com a seriedade e garra que lhe eram peculiares. Após o seu lamentado falecimento, assumiu o grande e belo Grupo de Marujos ou Marujada o popular Mestre Tone Cachoeira (Antônio Ferreira), da região da Fazenda Mocambinho.
GRUPO DE CABOCLINHOS OU CABOCLADA DE MONTES CLAROS
Os Caboclinhos ou Caboclada são os nossos índios ou folgança
de reminiscência indígena e o grupo é formado em sua maioria por crianças entre
7 a 10 anos (ou ainda menores), formando dez a quinze pares, vestidos de
saiotes vermelhos, enfeitados de plumas, conduzindo arcos e flechas; a cabeça
guarnecida por capacete de penas. Participam ainda as figuras adultas da
Mamãe-Vovó e Papai-Vovô, além dos músicos, que não são “indígenas” e usam
trajes comuns de passeio, portando rabecas ou rebecas (violino rústico),
violões, violas e cavaquinhos, com cinco porta-bandeiras. No passado, havia
ainda na Caboclada as figuras do Cacicão, Pantalão e Capitão Campó. As
bandeiras são feitas com tecido de seda vermelha, em razão de a Marujada e a
Caboclada estarem ligadas diretamente à devoção ao Divino Espírito Santo.
DIAS DE FESTA E COMO ACONTECEM
Nos dias de festa, a partir das 09h00 da manhã, os Catopês
ou Congado saem pelas ruas da cidade cantando e pulando no ritmo dos tambores,
junto à Marujada e Caboclada. Os Festeiros compõem ou organizam o Reinado ou
Império: em um quadro formado por quatro bastões de mais ou menos três metros e
enfeitado de papel crepom colorido, agrupam-se o Rei, a Rainha (ou o Imperador,
a Imperatriz), o Primeiro Príncipe e a Primeira Princesa (que devem substituir
o rei/rainha, imperador/imperatriz, em caso de necessidade), todos vestidos de
acordo com os títulos. A Banda de Música do 10º Batalhão de Polícia Militar de
Minas Gerais, sob a regência do Major João Jorge de Almeida Soares, acompanha o
séquito, abrilhantando, ano a ano, o excepcional evento cultural religioso,
assim como grande massa popular, até a Capela do Rosário ou de Nossa Senhora do
Rosário. Os Catopês ou Congado/a vão à frente, cantando e dançando, até a
entrada do Reinado ou Império na igreja, onde assistem à missa celebrada com emoção
e vibração incomuns pelo Padre João Batista Lopes, o "Padre dos
Catopês", que comemora, neste ano, “Bodas de Ouro Sacerdotais”, retornando
à condução religiosa das Festas de Agosto -, já totalmente recuperado de
problema de saúde que o afastou das Festas em 2011, 2012 e 2013, substituído,
de forma também profunda, do ponto de vista religioso, e exemplar, pelo Padre
Fernando Soares de Almeida, - para acompanhar entusiasticamente, em vivas e
vivas ou vivório aos Santos homenageados, Catopês, Marujos e Caboclinhos, Reis
e Rainhas de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito, Imperador e Imperatriz
do Divino Espírito Santo!... Depois do desfile e evoluções pelas ruas, ao
entrarem na igreja, os Grupos dançam e cantam, como a mais famosa canção das
Festas de Agosto de Montes Claros:
"Deus te salve, Casa Santa
Onde Deus fez a morada
Onde mora o Cálix Bento
E a Hóstia Consagrada - Bis"
Outra cantiga de entrada no templo:
“Em casa santa, nós entra nela,
Com prazer e alegria...”.
O chefe ou mestre canta todos os versos - são várias as
cantigas, algumas em adoração a Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e ao
Divino Espírito Santo - em seguida, os outros componentes cantam as mesmas em
dueto, repetindo muitas vezes. Na hora da saída da Igreja, dançando mais
suavemente, não dão as costas para o altar e, sempre de frente para o mesmo,
cantam:
“Adeus, adeus
Não chores não
Para o ano eu voltarei
Pra cumprir nossa missão”.
*OBS.: A palavra original não era “missão” e sim “tenção”, que
significa devoção, veneração, termo substituído, nos últimos anos, pela palavra
“missão”.
“Nossa Senhora - Bis
Até para o ano que vem” - Bis
Outros cânticos comuns:
“(...) A
retirada, a retirada
Eh meus
camarada
Eh meus
camarada!...”
“Oi
tarimbaruê, tarimbaruá
Adeus,
Senhor Rei
Adeus, Sá
Rainha
Até para o
ano
Se Deus
quiser...”.
“Com a graça
de Deus
E de Nossa
Senhora
No ano que
vem
Haveremos de
voltar...”
O(s) último(s) grupo(s) a se apresentar(em) na Igrejinha do
Rosário, após a Missa, é aquele cujo santo está sendo homenageado - após o que
seguem para a casa ou local da festa, oferecida, organizada e financiada pela
Família Festeira - os pais do Rei e da Rainha ou do Imperador e Imperatriz,
responsáveis pelo almoço -, com apoio de Equipe da Secretaria Municipal de
Cultura/Prefeitura de Montes Claros, que ajuda a servir o almoço aos Catopês,
Marujos, Caboclinhos, Rei e Rainha ou Imperador e Imperatriz, príncipes,
princesas e familiares, assim como pessoas gradas convidadas. Gente do povo em
geral invade o "reduto real" sem convites, pois se trata de uma festa
autenticamente popular.
O Mestre canta e os membros dos Grupos ou Ternos repetem em
várias vozes:
“Lá vem o nosso rei
Com sua rainha ao pé
E lá mais atrás
Vem o "fio" do Guiné” - Bis
....x....
“Ô meu São Benedito
Onde eu vou pará?
Vou pará
No Rosário!...”
....x....
“São Benedito
Como sua casa cheira
É de cravo é de rosa
É de fulô de laranjeira”
....x....
“Vamos s`embora
Ei, vamos s`embora
Ei, ei! Vamos s`embora
Ei, ei! Vamos s`embora”
E muitas outras mais, como as abaixo, da Marujada...
OS DOZE PARES
“Ah! São chegados os doze pares - Bis
Lá da parte do oriente
Vem dando graças ao Divino
Um Senhor tão soberano” - Bis
....x....
LÁ NO CÉU TEM UM CASTELO
“Lá no céu tem um castelo
Lá no céu tem um castelo, ah!...
Quem formou foi o rei da Glória
Quem formou foi o rei da Glória, ah!!...
Filho da Virgem Maria - Bis
E de Nossa Senhora!...”
....x....
A BARCA NOVA
“Vamos ver a barca nova - Bis
Ai! Que do céu caiu no mar - Bis
Nossa Senhora vai dentro
E os anjinhos a remar.”
....x....
TODO MUNDO JÁ DIZIA
“Todo mundo já dizia
Que essa dança não saía - Bis
Venha ver! Venha ver – Bis
Pois a dança está na rua - Bis
Com prazer e alegria” - Bis
....x....
ANDANTE
O Patrão canta:
“Gente, que terra é essa - Bis
Terra de grande alegria
Oi, terra de grande alegria”
Respondem os marujos:
“É o campo do Rosário
Que festejamos este dia” - Bis
....x....
GENTE QUE VEM DE LISBOA
“Gente que vem de Lisboa - Bis
Gente que vem pelo mar
Laço de fita de seda
Na ponta da vela
Meu pombo real” – Bis
....x....
VIEMOS
“Viemos, viemos, viemos
Oh! Viemos com muita alegria - Bis
Porque viemos louvar
A Virgem Maria” - Bis
“Viemos, viemos, viemos
Oh! Viemos todos meus irmãos - Bis
Porque viemos louvar
O Divino Espírito Santo” - Bis
....x....
MOÇA MINEIRA
“Moça mineira, ei...
Chega na janela - Bis
Venha ver marujo
Que lá vai pra guerra”
(...) e outros variados cânticos dos Marujos.
DA CABOCLADA...
“Sou caboco, caboquinho
E não brinco com ninguém
Quando pego na minha flecha
Flecho-flecho muito bem”
“Meus sinhores, não repare
Os caboco de ancê
Porque inda nada sabe
E é tempo d`aprendê”.
(...)
....x....
“Sou cacique, caciquinho
Senhor lá da mataria
Entre arcos e entre flechas
Tenho muita fidalguia”.
....x....
“Ao romper do dia
Ao romper da aurora - Bis
Viva o Divino
E Nossa Senhora” - Bis
....x....
(...)
“Meus senhores e minhas senhoras - Bis
Ora, adeus, até para o ano” – Bis
AS FESTAS NO PASSADO E PROGRAMAÇÃO 2015
Antigamente, as Festas de Agosto realizavam-se nos dias 15,
16, 17 e 18 de agosto. Começavam sempre no dia 15, com o levantamento do Mastro
- de responsabilidade do Mordomo ou Mordoma - de Nossa Senhora do Rosário,
atualmente em frente à Igrejinha do Rosário, até o dia 18 de agosto. Nos dias
de hoje, fazem-se as Festas no fim de semana mais próximo a essas datas, a fim
de facilitar para os participantes dos grupos, geralmente pessoas de baixa
renda, como carroceiros, pedreiros e operários que têm dificuldade de
justificar a falta ao trabalho.
PROGRAMAÇÃO 2015
Neste ano de 2015, as Festas de Agosto realizar-se-ão entre
os dias 19 e 23 de agosto.
- Dia 19, à noite - às 21h00 -, acontece o
Levantamento do Mastro de Nossa Senhora do Rosário
- Dia 20, quinta-feira,
pela manhã, realiza-se o desfile do Reinado de Nossa Senhora do Rosário, com
saída às 09h00 da Praça Dr. João Alves até a Igrejinha do Rosário. Participa
ainda do cortejo, com brilho, e anualmente, a Banda de Música do 10° Batalhão
de Polícia Militar de Minas Gerais
- Dia 20, à noite, acontece o Levantamento
do Mastro de São Benedito.
- Dia 21, sexta-feira, pela manhã, realiza-se o
Reinado de São Benedito e, à noite, acontece o Levantamento do Mastro do Divino
Espírito Santo.
- Dia 22, sábado, pela manhã, realiza-se o desfile do Império
do Divino.
APRESENTAÇÃO DOS GRUPOS NA IGREJINHA DO ROSÁRIO
Na Igreja, há a celebração da missa, bênçãos, vivas,
culminando com a apresentação dos grupos, que dançam, fazem belas evoluções e
cantam cantigas tradicionais ou não, de cunho religioso e folclórico.
ENCONTRO MINEIRO DE TERNOS DE CONGADO NA ASSOCIAÇÃO DOS
CATOPÊS
Às 10h00 de domingo,
na sede da Associação dos Grupos de Catopês, Marujos e Caboclinhos de Montes
Claros, terá lugar o já tradicional “Encontro Mineiro de Ternos de Congado”,
que teve início em 1983, por iniciativa do Mestre Zanza, uma realização da
Associação dos Catopês com apoio da Secretaria Municipal de Cultura/Prefeitura
de Montes Claros, com a participação de grandes grupos de congado da região
norte-mineira, como os de Bocaiúva, Francisco Sá, Brasília de Minas, Fernão
Dias e São Romão; do Vale do Jequitinhonha, como os de Diamantina e Serro e do
estado, como Timóteo, com destaque para os “Arturos” de Contagem, Região Metropolitana
de Belo Horizonte, após o que há, na sede da Associação, Almoço de
Congraçamento dos grupos de Catopês, Marujos, Caboclinhos e Congados
convidados. O Encontro já chegou a reunir na cidade doze grandes Grupos de
Congado do estado. Pelo menos seis a oito grupos de congado compareciam
anualmente ao grande Encontro, recebendo condução de qualidade, bem como boa
hospedagem e alimentação aos congadeiros mineiros convidados, através da
Secretaria Municipal de Cultura de Montes Claros.
Um detalhe diferencia o nosso Catopê do Congado de outros
lugares. Nos Congados o Rei e a Rainha são sempre negros e adultos, pessoas
ligadas diretamente aos Ternos. Em Montes Claros são sempre crianças, no máximo
pré-adolescentes, independente da raça ou cor, membros das famílias que se
inscrevem ou se oferecem, pleiteando a realização das Festas, geralmente em
cumprimento a promessa.
A explicação ou justificativa que há a respeito de tal
diferença, ou seja, porque crianças - a maior parte delas – e não adultos
negros, é que essa festa era excluciva das senzalas. Apenas os escravos
participavam. No entanto, era costume não só aqui, como em outras partes, a
existência da mãe-preta, uma escrava que amamentava os filhos do senhor. Para
essa função, era sempre escolhida uma mulher de boa saúde e boa índole, em quem
os patrões pudessem confiar suas crianças. E sempre acontecia que essa escrava,
pelo fato de alimentá-las com seu leite, acabava por se sentir meio mãe,
apaixonada e dedicada ao “sinhozinho” ou à “sinhozinha”.
Consta que, em certa época, uma criança filha de um
fazendeiro adoeceu, doença grave. Tentaram-se os recursos médicos da época sem
resultados. Foi quando entrou em cena a mãe-preta, desesperada com a quase
certeza da perda do “filho”. Disse aos pais da criança que ia fazer uma
promessa a São Benedito, pedindo pela vida do menino e que, se ele se salvasse,
sairia como rei na festa dos escravos. Os pais que, a essa altura, já estavam
recorrendo a qualquer coisa que lhes desse uma esperança, aceitaram o
compromisso. O fato é que a criança começou, logo em seguida, a apresentar
melhoras, e, em alguns dias, estava completamente sã. O pai cumpriu a promessa
da escrava e, no ano seguinte, pela primeira vez, um menino branco foi o rei na
festa dos negros.
A notícia do milagre correu. A partir daí é que houve a
mudança. A festa saiu da senzala. Os patrões passaram a participar e a
promovê-la, sempre pagando promessa a Nossa Senhora do Rosário, a São Benedito
ou ao Divino Espírito Santo, que até hoje é mantida, com muita força e vigor
pelos seis grupos de Catopês, Marujos e Caboclinhos.
DESFILE DE ENCERRAMENTO
Às 15h00, saem da Praça Dr. Chaves os Reinados, Império,
grupos de Catopês, Marujos, Caboclinhos e Congados, na Procissão de
Encerramento, que passa pela Av. Filomeno Ribeiro, Rua Dr. Santos, Rua Dom
Pedro II, Rua Camilo Prates e Rua Governador Valadares, cercada de populares em
palmas vigorosas de viva emoção, até a Igreja do Rosário, para a celebração da
Missa e bênção finais.
FESTIVAL FOLCLÓRICO DE MONTES CLAROS
Neste ano acontece o 37° Festival Folclórico de Montes
Claros, paralelamente às Festas de Agosto, com patrocínio da PETROBRAS e apoio
da Associação dos Artistas Plásticos de Montes Claros, que tem à frente o
grande nome de Afonso Teixeira, o conhecido “Belão”.
O “Festival Folclórico de Montes Claros”, com shows musicais
ou de dança popular e barraquinhas de bebida e comida típica, é uma realização
da Secretaria Municipal de Cultura/Prefeitura de Montes Claros.
PROGRAMAÇÃO 2015:
- Quarta-feira à
noite, dia 19, apresentação de Márcia & Maciel (Associação dos Poetas e
Repentistas Populares do Norte de Minas)
- Quinta-feira à noite, dia 20, Cícero Billy
Alves e Tino Gomes
- Sexta-feira, dia 21, Ciro Araújo e Yuri Popoff
-Sábado, dia 22, Berrodágua e Beto Guedes
APOIO FINANCEIRO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA/
PREFEITURA DE MONTES CLAROS
Os seis grupos de Catopês, Marujos e Caboclinhos de Montes
Claros, cujos chefes e membros, num total de cerca de seiscentas pessoas,
trabalham o ano inteiro na confecção e reforma de vestimentas ou uniformes,
adereços, instrumentos musicais etc, muitas vezes sacrificando o já apertado
orçamento familiar, e passando dificuldades de toda ordem, recebem anualmente
ajuda financeira da Secretaria Municipal de Cultura/Prefeitura de Montes
Claros, no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), ou seja, R$ 5.000,00 para
cada grupo, que neste ano chegará a R$ 10.000,00 por grupo, perfazendo um total
de R$ 60.000,00.
As ruas por onde passam os grupos recebem decoração, com
peças feitas pela Equipe de Decoração de Eventos da Secretaria de Cultura, como
“saias de fitas coloridas” e belos estandartes com os santos homenageados.
RIQUEZA MINEIRA - Bem Cultural Imaterial da União
Pela sua extraordinária beleza e riqueza culturais, as
Festas de Agosto de Montes Claros, com seus famosos CATOPÊS/CONGADO, que atraem
a admiração do país inteiro e visitantes do exterior, com o seu capacete de
fitas coloridas já tendo se transformado em “símbolo” das esplêndidas Festas,
já foram lembradas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
- IPHAN, através de seu ex-Superintendente, historiador Fabiano Lopes de Paula,
para Registro como “Bem Cultural Imaterial da União”.
- “Catopês de Montes Claros” - Virgílio Abreu de Paula;
- Festas de
Agosto – Catopês – “Montes Claros, sua história, sua gente, seus
costumes", Vol. 3, Costumes, pág. 138, de Hermes Augusto de Paula,
historiador;
- As Festas de
Agosto de Montes Claros e Atualização dos demais textos e informações complementares: Raquel Mendonça: Promotora Cultural, historiadora, escritora e jornalista - Gerente de Preservação e Promoção do
Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Montes Claros da Secretaria
Municipal de Cultura/Prefeitura de Montes Claros.