FAZENDA DOS MONTES CLAROS
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Foto da antiga sede da "Fazenda dos Montes
Claros", que deu origem à cidade, edificada em 1768 pelo Alferes José
Lopes de Carvalho, e que ficava situada na Rua Dona Eva (Eva Bárbara Teixeira
de Carvalho, fundadora da Banda Euterpe Montes-clarense), nº 40, demolida em
1975, dez anos antes de ser criado o Conselho Municipal do Patrimônio
Histórico, Artístico e Cultural de Montes Claros - COMPHAC, por Raquel
Mendonça, Simeão Ribeiro Pires, Arthur Jardim de Castro Gomes e Virgílio Abreu
de Paula, que poderia ter evitado a demolição do mais que importante,
extraordinário bem imóvel que seria, hoje, a maior preciosidade histórica da
cidade, após resistir à insensibilidade histórica por 207 (duzentos e sete)
anos. Quando Prefeito de Montes Claros o Dr. Antônio Teixeira de Carvalho (Dr.
Santos, por causa de seu apelido de infância, Santinho), no período de 1937 a
1942, ele quis reformar (não se falava ainda em restauro ou restauração) a
primeira casa de Montes Claros e transformá-la no que teria sido o 1º Museu da
cidade, o Museu de História de Montes Claros, não tendo obtido, no entanto,
apoio político nem comunitário para tal. Montes Claros conta hoje com o Museu
Regional do Norte de Minas - MRNM, da Universidade Estadual de Montes Claros,
situado na Rua Cel. Celestino, nº 75 - Núcleo Histórico da cidade e deverá ser
implantado no prédio histórico "Sobradinho", também tombado pelo
município, situado na Rua Justino Câmara, nº 115 - Entorno Histórico Nobre da
cidade, o Museu da Imagem e do Som Pró Memória de Montes Claros, idealizado
pelo grande, saudoso historiador e folclorista Hermes Augusto de Paula, e
criado em 1985, pela Lei nº 1.575 de 04/11/1985, através de projeto de lei do
então Vereador Carlos Pimenta de Figueiredo. Um dos acervos com que já conta o
MIS de Montes Claros foi doado ao PROMEMOC - Pró Memória de Montes Claros, na
Secretaria Municipal de Cultura/Prefeitura de Montes Claros, setor criado pela
Gerência de Preservação e Promoção do Patrimônio Cultural de Montes Claros, por
inúmeros nomes da comunidade. O rico e precioso acervo de Valdomiro Souza, o
Miro Vídeo, foi também doado ao município. O Museu da Imagem e do Som contará ainda
com doações de Américo Martins Filho, da memorialista Virgínia Abreu de Paula,
filha de Hermes de Paula e do historiador e jornalista Edson Carvalho, bem como
com o acervo da Fotógrafa de Arte, Ângela Martins Ferreira.
A grande e saudosa historiadora e escritora, Ruth Tupinambá
Graça, autora dos livros "Montes Claros era Assim" e "Eterna
Lembrança", deixou registrados em suas notáveis crônicas em jornais da
cidade o anseio e o sonho frustrados do ex Prefeito Dr. Santos, membro de sua
família, que lutou pela restauração da sede da Fazenda dos Montes Claros -
origem da cidade - e sua transformação em Museu, que teria sido o primeiro
Museu do Município, sem obter êxito para tal. O Centro Histórico de Montes
Claros é formado pela Praça Dr. Chaves/da Matriz e ruas adjacentes e, com multa
luta, poucos casarões, casas de feições tradicionais e belos sobrados sobraram
para contar a história da origem da cidade...
Resguardar ou preservar marcos da história, do passado é parte imprescindível, essencial da Identidade Cultural do Município e um grande presente ao presente, assim como incomparável presente ao futuro da "Cidade da Arte e da Cultura", a nossa querida Montes Claros!...
Viva o passado preservado para o presente e para o futuro da cidade! Viva!!!