“DA
TELA DE ALGODÃO ÀS TELAS DIGITAIS: O ARTISTA PLÁSTICO E AS
POSSIBILIDADES
DO DIGITAL”
Exposição do artista plástico Hélio Brantes, a realizar-se na casa de cultura Márcia Prates de 18 a 25 de novembro. Esta Exposição consta da produção poética, resultado de sua dissertação de Mestrado.
Público vendo vídeo sobre Hélio Brantes e sua obra em tela digital |
Clarice
Sarmento, Martha Marcondes e Andreia Prates, no "concorrido" Objeto Interativo e visão geral da Galeria |
Márcia Prates "reinventando" o
Objeto Interativo, junto a Hélio Brantes e Onofre Santos, outro grande artista |
Esta jornalista e Evandro Júnior apreciando o resultado do trabalho do "Objeto Interativo" de Hélio Brantes, e ao fundo suas belíssimas obras |
Brantes
expõe 30 telas em tinta acrílica sobre tela , um vídeo
feito com as telas, e um objeto
interativo, com clara referência a cultura pop de nosso tempo, das histórias em
quadrinho às imagens da atualidade e o entrelaçamento
com as tecnologias.
Os
desdobramentos estéticos e conceituais dessa exposição apontam como a convivência
entre o homem e as novas tecnologias mudam a configuração da estética.
Texto
de “Gazi Andraus” - Doutor em Artes Visuais pelo Instituto de
Artes da Unesp, sobre o trabalho de
Hélio Brantes:
Boa a reflexão sobre os “atropelos” da vida atual que vc inseriu
na sua tela como aporte crítico. Nas
considerações você sintetiza a proposta
artístico-poética de Hélio Brantes, o autor, o artista, o pesquisador! Do corpo
físico (tela de algodão) para mudança ao corpo virtual (digital): é a síntese
de sua arte atual. [...] O jogo de
imagens, a aproximação, os zooms, os recortes, trazem uma nova “ventilação” do
que o corpus de sua tese explana, além de imbricar video, imagem, desenhos
(quadrinhos) com “animação” de uma maneira renovada, ampliada e virtual!
Gazy Andraus, de São Vicente-SP, em 10/08/2014
*Hélio Renato Silva Brante
O PARALELO ENTRE A DISSERTAÇÃO E A EXPOSIÇÃO
Resultado da reconfiguração da cultura das massas e do hibridismo da cultura das mídias, vislumbramos, paralelamente, conceitos como pós-moderno e pós-humano em previsões que descrevem a diluição da fronteira entre alta cultura e cultura de massa, num cenário que demonstra a culminância do avanço e a variedade de possibilidades das tecnologias de que fazemos uso e, cada vez, nos tornamos mais dependentes, muitas vezes de forma impactante e outras passam despercebidas.
Artistas e pesquisadores retratam o envolvimento entre homens e máquinas e sugerem como o corpo humano, em seus limites, pode ser considerado obsoleto diante dos recursos da tecnologia.
Saem das sombras os ciberpunks dos guetos digitais aos primitivos modernos, com suas intervenções no corpo, através de procedimentos cirúrgicos e, mesmo, de ordem mais superficial, como tatuagens, piercings e argolas, determinantes de posturas e grupos sociais, associando-se o uso de extensões tecnológicas, como tablets, computadores e celulares .
São listados, como resultado da interferência da ciência, os corpos biocibernéticos ou pós-biológicos, entre eles “o corpo protético”, um corpo ciborg, híbrido; o “corpo molecular” da bioengenharia e clonagem; “o corpo remodelado”, tanto em cirurgias como nas academias; “o corpo esquadrinhado” para diagnóstico; “o corpo simulado” composto por algoritmos e números; “o corpo plugado”, interfaceado no ciberespaço. Por imersão, identificam-se: a “imersão por conexão”, quando o indivíduo fica plugado no computador e a mente navega por conexões hipertextuais e hipermidiáticas; “imersão através de avatares”, em que o cibernauta pode incorpora um avatar; a “telepresença”, que se refere à comunicação a distância e explora a simultaneidade e, por último, “os ambientes virtuais", um sinônimo para realidade virtual, uma tecnologia que transmite informações.